Economia

Mercado sobe previsão de inflação em 2021 pela 12ª vez seguida, mas mantém Selic

Focus aponta previsão de 5,97% para o IPCA em 2021 e Selic em 6,5% ao final do ano.

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O mercado financeiro elevou sua previsão para a inflação em 2021 pela 12ª consecutiva, segundo o boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (28) pelo Banco Central, enquanto a projeção para a taxa básica de juros da economia, a Selic, permaneceu a mesma.

A projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2021 subiu de 5,9% na semana passada para 5,97% agora. Se a previsão se confirmar, a inflação vai ficar acima do teto da meta de inflação fixado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para 2021, que é de 5,25% ao ano.

Já a previsão para a Selic ao final do ano permaneceu em 6,5%. Para 2022, a previsão para a inflação permaneceu em 3,78% e a Selic, também em 6,5%.

Na semana passada, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, indicou que os juros terão de subir mais do que o previsto no Focus. “Quando o balanço é assimétrico significa que você tem que elevar os juros acima do que está projetado no Focus”, afirmou Campos Neto ao ser questionado em coletiva de imprensa se o BC terá que levar os juros acima do nível considerado neutro para garantir o cumprimento da meta de inflação em 2022.

A declaração foi feita em meio dados apontando inflação acima do esperado. Em maio, o IPCA teve alta de 8,06% em 12 meses, contra alta 6,76% do mês anterior.

Em meio ao avanço da inflação, o BC segue elevando os juros. Neste mês, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu elevar a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 0,75 ponto percentual. Com isso, ela passou de 3,5% ao ano para 4,25% ao ano. O órgão também sinalizou que pode manter o ritmo de alta em sua próxima reunião.

PIB

O mercado elevou a precisão para o crescimento da economia em 2021. Pela projeção do Focus, o Produto Interno Bruto (PIB) deve subir 5,05% – um leve aumento contra a projeção de 5% na semana passada. Para 2022, a estimativa passou de 2,1% para 2,11%.

Para o câmbio, a previsão para o dólar foi mantida em R$ 5,10 ao final de 2021 e R$ 5,20 em 2022.

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