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Economia

Setor de serviços do Brasil cresce 0,9% em maio, acima do esperado

As expectativas em pesquisa da Reuters eram de avanços de 0,2% na comparação mensal.

O volume do setor de serviços do Brasil cresceu 0,9% em maio em relação a abril, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (12).

Elaboração: Samy Dana

Frente a maio do ano passado, os serviços avançaram 9,2%, a 15ª taxa positiva consecutiva neste indicador.

Elaboração: Samy Dana

Com o resultado, o setor se encontra 8,4% acima do nível pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020, e 2,8% abaixo do ponto mais alto da série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), alcançado em novembro de 2014.

As expectativas em pesquisa da Reuters eram de avanços de 0,2% na comparação mensal e de 8,5% na base anual.

As principais influências sobre o crescimento total vieram do setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (12,5%) e o de serviços prestados às famílias (39%).

Avanço em todos os seguimentos

Todas as cinco atividades investigadas pela pesquisa acompanharam o resultado positivo. O gerente da PMS, Rodrigo Lobo, explica que esse crescimento disseminado pelas atividades se tornou mais frequente pelos efeitos da pandemia. “Antes de 2020, era bem mais raro ver as atividades crescendo de forma simultânea. Isso tem relação com a base de comparação baixa por causa dos efeitos das medidas de isolamento social, especialmente nos serviços de caráter presencial. De lá para cá, com a redução das restrições, essas atividades seguem em ritmo mais acelerado”, analisa.

O setor de transportes, com expansão de 0,9%, foi um dos que mais impactaram o avanço dos serviços em maio. Com esse crescimento, o segmento recupera uma parte da retração de 2,5% registrada em abril. No ano, os transportes acumulam expansão de 14,9%.

“Os serviços de tecnologia da informação e o transporte de cargas foram os motores que impulsionaram o resultado de maio. O transporte de cargas, especialmente o rodoviário, além de atender à demanda do comércio eletrônico e do setor agropecuário, também tem sido importante para o setor industrial, notadamente os bens de capital e os bens intermediários, que são as categorias de uso que operam acima do nível pré-pandemia”, explica Lobo. Ao crescer 1,8%, o transporte de cargas atingiu o ponto mais alto de sua série histórica, iniciada em janeiro de 2011.

Outro grande impacto no índice geral veio do segmento de informação e comunicação, que, assim como o setor de transportes, também avançou 0,9% em maio. Esse resultado é o terceiro positivo consecutivo da atividade, acumulando crescimento de 3,4% nesse período.

“Em maio, o setor de tecnologia da informação cresceu 2,4%, também atingindo o maior patamar da sua série histórica. As empresas desse segmento, como as de desenvolvimento de aplicativos e as ferramentas de busca na internet, permanecem aproveitando as oportunidades de negócio criadas a partir da pandemia, em que serviços como a digitalização, as mídias digitais, as interfaces remotas de comunicação e o armazenamento de dados em nuvem tiveram aumentos expressivos de demanda por parte das empresas”, destaca o pesquisador.

Atividades turísticas crescem 2,6% em maio

O índice de atividades turísticas cresceu 2,6% em maio. É o terceiro resultado positivo consecutivo, período em que acumulou um ganho de 11,7%. Com as altas seguidas, o segmento de turismo se encontra apenas 0,1% abaixo do patamar pré-pandemia.

“Esse é um aglomerado de 22 serviços que são mais correlatos à atividade turística. Apesar de não ter superado o patamar de antes da pandemia, é o ponto mais próximo que já atingiu. Isso também é uma consequência da retomada das buscas por atividades presenciais”, destaca o gerente da pesquisa.

Somente quatro dos 12 locais pesquisados acompanharam o crescimento da atividade turística nacional. Entre os locais que mais contribuíram para o resultado estão São Paulo (2,5%), Rio Grande do Sul (3,9%), Bahia (1,5%) e Ceará (2,3%). Já Rio de Janeiro (-2,8%), Goiás (-9,6%), Paraná (-4,4%) e Santa Catarina (-4,8%) recuaram na comparação com abril.

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