Economia

O que são SPC, SCPC e Serasa e qual a diferença entre eles?

Entenda o que faz cada birô, saiba como limpar o nome e evitar fazer parte de lista de negativados.

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Fazer compras e conseguir evitar dívidas é um desafio para muitos brasileiros. A falta de planejamento financeiro ou até imprevistos que envolvam a necessidade de ter dinheiro disponível podem acontecer, fazendo com que a pessoa se torne endividada. Se não conseguir arcar com os pagamentos em dia, o consumidor fica inadimplente, com o nome negativado, o conhecido “nome sujo”.

Isto acontece por meio da inclusão do nome do devedor em um bancos de dados de órgãos responsáveis por cadastro de inadimplentes, como Serasa e SPC Brasil, que precisam fazer a notificação ao consumidor de que nome dele passará a fazer parte da lista de negativados.

Você sabe a diferença entre estas empresas, como limpar o nome e como evitar fazer parte de lista de negativado? Confira:

O que significa SPC?

O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) é uma empresa de tecnologia que tem vínculo com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e que faz o armazenamento e processamento de todas as operações de crédito realizadas pelas empresas associadas.

Trata-se de um de banco de dados formado pelas CDLs  que agregam informações do comércio de todo o Brasil, por meio das entidades espalhadas pelas principais cidades do país e, com isso, possui uma base de dados de clientes que são inadimplentes.

Desta forma, a maior parte dos CPFs que fazem parte desta base de dados são de consumidores que compraram, mas não pagaram.

Atualmente, o SPC conta com mais de 1,2 milhão de associados às entidades, que vão desde o pequeno ao grande lojista, indústrias, empresas de serviços e do mercado financeiro.

O SPC busca auxiliar as empresas na concessão de crédito,  por meio de soluções a consumidores e empresários com o objetivo de facilitar a realização de negócios.

Qual é a diferença entre SCPC e Serasa?

De forma geral, as três empresas possuem funções similares, com o objetivo de proteger o crédito e o comércio no país.

O SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) também é abastecido com informações de lojistas credenciados e tem o objetivo de auxiliar as empresas em suas operações de crédito e promover mais segurança nas transações comerciais.

Já a Serasa  é uma empresa de análises e informações para decisões de crédito que reúne dados que são enviados por financeiras e bancos.

Trata-se de um banco de dados com apontamentos sobre dívidas vencidas e que não foram pagas, protestos de títulos, cheques sem fundos, além de outros registros oficiais e públicos, ou seja, possui o nome de pessoas que têm dívidas com instituições financeiras.

Como o nome vai para o SPC?

O consumidor que efetuar uma compra e não conseguir pagá-la terá o seu nome negativado nos órgãos de proteção ao crédito.

Não existe prazo para que o credor inclua o nome da pessoa inadimplente no SPC. Assim, caso a dívida tenha vencido há um dia, o consumidor já pode ter o nome negativado.

A notificação de registro de débito pode chegar ao consumidor por meio de SMS, e-mail ou carta física e é feita pelo SPC Brasil a pedido da empresa credora antes de a dívida ser registrada na base de dados de inadimplência.

É importante lembrar, no entanto, que os bancos de dados são diferentes e o registro de uma dívida pode constar em um birô de crédito, mas não em outro.

Como ver dívidas no SPC?

Para verificar se existem registros de dívidas, o consumidor deverá comparecer em uma unidade do SPC com o seu CPF original.

Outra opção é fazer a consulta do nome de forma gratuita no aplicativo SPC Consumidor ou pelo portal do consumidor, através do site: https://cadastropositivo.spcbrasil.org.br/cadpos-consumidor-login/.

Caso prefira fazer a consulta de uma forma mais completa, é possível por meio do site do SPC Brasil (www.loja.spcbrasil.org.br), porém é necessário pagar para ter acesso aos serviços.

Tenho nome ‘sujo’. Como ficam meus investimentos?

Ter restrições no nome não impede a pessoa de investir, nem impacta ou compromete os investimentos que já possui.

Especialistas apontam, no entanto, que, caso a pessoa tenha dívidas, o recomodável é  quitá-las ou fazer negociações para saldá-las antes de investir, pois o valor dos juros a serem pagos com a dívidas, de forma geral, são muito mais altos do que os rendimentos de investimentos. Além disso, evita a necessidade de precisar fazer resgate antecipado de investimentos para pagar dívidas.

Como limpar o nome?

Para regularizar a dívida em aberto e limpar o nome, o consumidor pode fazer o pagamento do débito a qualquer momento. Para isso, basta procurar a empresa credora e proceder com a quitação. É de responsabilidade do credor conceder, ou não, descontos nas negociações de débitos.

Caso o pagamento seja parcelado, quando a primeira parcela for paga, a empresa tem que acionar os órgãos de proteção ao crédito para retirar o nome do consumidor da lista dos negativados em até cinco dias úteis. Caso a pessoa não pague as demais parcelas, o nome dela volta a ficar negativado.

Após  saldar a dívida, o estabelecimento comercial acessará o SPC Brasil e efetuará a baixa do registro no CPF do consumidor.

A dívida pode ser desvinculada do CPF em até 5 dias úteis após o pagamento. Caso este prazo já tenha passado e a dívida continue ativa, é necessário entrar em contato diretamente com a empresa que a pessoa fez o pagamento.

Dicas para evitar ter o nome negativado

Ter o nome negativado traz uma série de consequências ao consumidor, como, por exemplo, dificuldade de empréstimos, acesso a cartão de crédito, parcelamentos, financiamentos, entre outros.  

Para evitar esta situação, confira algumas dicas que podem colaborar para manter as contas em equilíbrio e o nome limpo na praça:

  • Tenha um planejamento financeiro: a partir dele, a pessoa consegue ter com clareza o quanto ganha, o quanto gasta e se organizar para montar a sua reserva de emergência, fazer investimentos, identificar possíveis gastos desnecessários e onde pode economizar, evitando dívidas. Esse é um dos principais meios para conseguir evitar que as contas saiam do controle.
  • Não gaste mais do que ganha: manter um equilíbrio entre receitas e despesas e fazer as compras baseadas no que vai caber dentro do seu orçamento é fundamental para que dívidas não sejam criadas. Caso a compra tenha um alto valor, que pode ultrapassar os ganhos mensais, é preciso se programar e guardar pelo menos metade do valor para evitar que o orçamento seja totalmente comprometido.
  • Acompanhe as datas de vencimento das contas: para evitar atrasos e até mesmo esquecimento, tenha registrado todas as datas de vencimentos das suas dívidas em aberto, bem como a de cada conta. Para isso, você pode usar uma agenda, uma planilha ou até aplicativos de finanças. Para não perder o controle, o recomendável é juntar todas estas informações em um só lugar, seja em uma planilha ou até mesmo aplicativo, a forma que ficar mais fácil para o consumidor. Outra dica é fazer uma programação de todas as contas para o vencimento em um mesmo dia. Assim, é possível concentrar todos os pagamentos em uma data mensal, evitando que alguma conta seja esquecida.
  • Utilize o débito automático: esta possibilidade de pagamento facilita para que as contas sejam pagas todo mês, desde que haja saldo disponível. O mais indicado é colocar em débito automático contas recorrentes e importantes, como aluguel, água, conta de luz  e internet.

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