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Economia

Vendas do varejo sobem 1% em março ante fevereiro, diz IBGE

No acumulado no ano, o varejo registra avanço de 1,3%.

Vendas no varejo do Brasil
Consumidores fazem compras em rua comercial do Rio de Janeiro 16/09/2020 REUTERS/Ricardo Moraes

O volume de vendas do comércio varejista no país cresceu 1% em março, na comparação com fevereiro, apresentando o terceiro mês consecutivo de alta, segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No acumulado no ano, o varejo registra avanço de 1,3%.

Já em março em relação ao mesmo mês do ano passado a alta é de 4%.

Pesquisa da Reuters apontou que as expectativas eram de altas de 0,4% na comparação mensal e de 2,10% sobre um ano antes.

No comércio varejista ampliado, que inclui, além do varejo, as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o volume de vendas apresentou aumento de 0,7% frente a fevereiro.

Para o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, a terceira alta consecutiva chama a atenção, já que não acontecia desde maio a outubro de 2020 (cinco meses consecutivos), período de recuperação do comércio após as grandes quedas registradas no auge da pandemia da Covid-19.

“A trajetória vinha sendo claudicante, irregular. Esses três meses de alta significam um trimestre forte, embora os crescimentos ainda não sejam homogêneos entre todas as atividades”, explica Santos.

Em março, o setor ficou 2,6% acima do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020. O varejo ampliado registrou 1,7%. No entanto, relembra Cristiano, a recuperação ainda não é difundida entre as atividades, já que seis setores estão abaixo do patamar pré-pandemia, e quatro, acima, considerando o comércio varejista ampliado.

Atividades que apresentaram alta

Na passagem de fevereiro para março, seis das oito atividades apresentaram alta. O destaque foi para o desempenho de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação e para outros artigos de uso pessoal e doméstico, com altas de 13,9% e 3,4%, respectivamente. Neste último, explica Santos, houve boa contribuição das lojas de departamentos. “As grandes varejistas começaram a ensaiar uma retomada das lojas físicas, com expansão principalmente no Nordeste e Norte, mas em todo o país”.

Já no setor de material de escritório e informática, o movimento é de reposicionamento após alguns meses de queda. “Captou-se grandes promoções, já que o dólar não valorizou ante o real no período, pelo contrário. Com isso, artigos dessa natureza costumam ficar mais acessíveis”, justifica Cristiano.

Outros setores que apresentaram alta em março foram livros, jornais, revistas e papelaria (4,7%), combustíveis e lubrificantes (0,4%), móveis e eletrodomésticos (0,2%) e tecidos, vestuário e calçados (0,1%).

Por outro lado, duas atividades diminuíram o volume de vendas: hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,2%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-5,9%).

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