O prazo para fazer o saque imediato de até R$ 500 reais das contas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) termina dia 31 de março. Também nesta data, acaba a temporada de resgates do valor extra de R$ 998 liberado pelo governo no ano passado.
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O trabalhador que tiver saldo em conta e não fizer o saque do FGTS até o fim do mês não poderá mais retirar o dinheiro. O valor retornará para as contas do Fundo e só poderá ser resgatado nas condições previstas por lei, como demissão por justa causa ou doença.
Hoje, as contas do FGTS rendem 3% ao ano mais a taxa referencial (TR), que está zerada. Além disso, o fundo distribui para os trabalhadores, desde 2017, 50% dos lucros do ano anterior.
É possível encontrar no mercado opções de investimentos de até R$ 500 com rentabilidades acima do FGTS. Pensando nisso, o InvestNews mostra três opções de investimentos que oferecem retornos superiores ao que o trabalhador teria se deixasse o dinheiro parado no fundo com o retorno atual. Veja abaixo:
1 – Título prefixado que vence em 2023
O papel prefixado do Tesouro Direto com vencimento em 1º de janeiro 2023 pagava nesta quarta-feira (11) uma rentabilidade de 5,48% ao ano e aceitava investimento a partir de R$ 34,45. Considerando já a alíquota de 15% do Imposto de Renda (IR) e uma taxa de custódia de 0,30% (sem taxa de administração), se você comprasse R$ 500 destes papéis, até o dia do resgate você teria um retorno de R$ 68,88 sobre o valor investido. Já com o retorno do FGTS, sobre R$ 500 (sem considerar possíveis novos depósitos), você teria R$ 46,36 (sem incluir o possível pagamento do lucro de 50%).
Retorno sobre R$ 500 em 3 anos*:
- Tesouro prefixado: R$ 68,88
- FGTS: R$ 46,36
2 – CDB que paga 10% ao ano
Você encontra no mercado produtos como o Certificado de Depósito Bancário (CDB) – que é um papel de renda fixa emitido pelos bancos – rendendo 10% ao ano e que aceitam um aporte mínimo de R$ 500. É o caso do CDB oferecido pelo Banco Máxima e com vencimento no dia 3 de fevereiro de 2027. Ao final deste período, você teria um retorno estimado de R$ 334,78 sobre R$ 500, já descontado o IR de 15%. No FGTS, os R$ 500 renderiam mais R$ 133,38 ao longo dos próximos sete anos (sem incluir o possível pagamento do lucro de 50% e sem considerar novos depósitos).
Retorno sobre R$ 500 em 7 anos*:
- CDB a 10% a.a.: R$ 334,78
- FGTS: R$ 133,38
3 – Carteira diversificada
Outra opção é diversificar os investimentos montando uma carteira que mistura aplicações de baixo risco com uma pitada de renda variável. Uma delas é o combo de R$ 500 sugerido por José Falcão de Castro, analista da corretora Easynvest. Ele escolheu cinco ativos diferentes, de R$ 100 cada um, com o objetivo de equilibrar risco e retorno. Na parte de renda fixa, há desde os ativos mais seguros, como Tesouro Selic, até os de maior risco, como Fundos de Renda Fixa que tentam superar o CDI (Certificado de Depósito Interbancário). Já na parte de renda variável, Falcão selecionou ativos que vão de fundos multimercados a fundos de ações.
Veja abaixo os cinco investimentos recomendados pela carteira de R$ 500:
1 – Tesouro Selic 2025
• Rentabilidade: Selic + 0,03% (extraído em 03/2020)
• Investimento mínimo: a partir de R$ 100
• Liquidez: Dia seguinte ao do aporte
• Vencimento: 01/03/2025
• IR sobre o rendimento: 22,5% a 15% de IR
2 – Fundo de renda fixa: TG Liquidez I FI RF
• Rentabilidade: 6,38% nos últimos 12 meses (extraído em 03/2020)
• Investimento mínimo: R$ 100
• Liquidez: Dia seguinte ao do aporte
• Taxa de administração: 0,35%
3 – Fundo de cotas: Artesanal FIC de FIM
• Rentabilidade: 8,39% nos últimos 12 meses (extraído em 03/2020)
• Investimento mínimo: R$ 100
• Liquidez: Dois dias após o aporte
• Taxa de administração: 2%
4 – Fundo de ações: Constância Brasil FIA
• Rentabilidade: 35,09% em 2019
• Investimento mínimo: R$ 100
• Liquidez: Quatro dias após o aporte
• Taxa de administração: 2%
5 – LCA do Banco Pine
• Rentabilidade: 100% do CDI
• Investimento mínimo: R$ 100
• Liquidez: no vencimento
• Vencimento: 03/02/2021
• IR sobre o rendimento: isento de IR
*Os valores são hipotéticos e não consideram possíveis oscilações de mercado ao longo do período.