Os acionistas da Cielo (CIEL3) rejeitaram em assembleia especial na terça-feira (23) proposta de minoritários para realizar nova avaliação das ações da companhia no âmbito da oferta destinada a fechar o capital da empresa, informou a Cielo em fato relevante.
A deliberação sobre um novo laudo de avaliação para oferta pública de aquisição de ações (OPA) estava prevista para 2 de abril, mas foi suspensa por 21 dias a pedido de um grupo de acionistas minoritários, após a companhia informar que seus controladores — Banco do Brasil e Bradesco — aceitaram elevar o preço da OPA a R$ 5,60 desde que os minoritários votassem contra realização de novo laudo.
Um laudo anterior, produzido a pedido dos controladores pelo Bank of America, avaliava os papéis da companhia em R$ 5,35 cada. Os acionistas, detentores de mais de 10% do capital social da Cielo, afirmavam que o laudo trazia inconsistências de metodologia e que o preço da oferta deveria ser de R$ 8,61.
Na terça-feira (23), as ações ordinárias da Cielo encerraram o pregão em alta de 0,53%, cotadas a R$ 5,59 cada.
“Dessa forma, resta verificada uma das condições suspensivas da obrigação assumida pelos ofertantes de elevar o preço da OPA caso ela venha a ser efetivamente lançada, tendo sido tal obrigação condicionada, ainda, a que sejam integralmente cumpridas as obrigações assumidas pelo grupo de acionistas minoritários que se comprometeu a apoiar a possível OPA”, disse a instituição de pagamentos no documento ao mercado.
(Reportagem de Patricia Vilas BoasEdição de Alexandre Caverni e Fabrício de Castro)