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Finanças

Após balanço da Gol, ação GOLL4 dispara na bolsa

A ação da Gol (GOLL4) tem dia de forte alta nesta quarta-feira (8), com o mercado reagindo à divulgação do balanço da empresa. Por volta das 11h52, o papel subia 11,62%, a R$ 7,48, após cegar a subir mais de 19% na máxima do dia, a R$ 8.

As ações da companhia já vinham de um movimento de alta em pregões anteriores. Em março, o papel GOLL4 já acumula avanço de mais de 35%, em meio a acordo comercial com credor. A Gol anunciou fechamento de financiamento de US$ 1,4 bilhão com a Abra Holding por meio de bonds, tipos de títulos de dívidas.

No setor, a Azul (AZUL4) também tem avançado com força. Investidores repercutemo  acordo com arrendadores de aeronaves que deve permitir que o fluxo de caixa da empresa seja positivo em 2024 e além, ao mesmo tempo em que a companhia projeta uma “redução significativa” no investimento em 2023 e nos anos seguintes.

Destaques do balanço

Avião da GOL Linhas Aéreas se prepara para pousar no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro 21/03/2019 REUTERS/Sergio Moraes

A Gol (GOLL4) teve lucro líquido de R$ 230,9 milhões no quarto trimestre do ano passado, revertendo resultado negativo de R$ 2,8 bilhões sofrido um ano antes, segundo balanço divulgado nesta quarta.

Já o prejuízo líquido recorrente anunciado foi de R$ 381,6 milhões, montante 47,1% menor do que o prejuízo recorrente de igual período do ano anterior.

Analistas, em média, esperavam que a Gol anunciasse prejuízo líquido de R$ 484,75 milhões para o quarto trimestre, segundo dados da Refinitiv.

No release de resultados, o presidente da Gol, Celso Ferrer, ressalta que o ano de 2022 foi marcado pelo retorno às operações normais em muitos aspectos. “Focamos no controle de custos e no aumento de nossas margens, e nossos fortes resultados no trimestre são evidências de que nossa abordagem está funcionando”, avalia.

Análise

Apesar do avanço nos últimos pregões, a analista Danielle Lopes, da Nord Research, não recomenda investir em ações do setor aéreo.

“No geral, companhias aéreas não são bons negócios. Embora possamos ver uma reação positiva para as ações do setor, consideramos negativo o aumento de competitividade (principalmente das companhias low costs, capazes de operar a custos muito menores do que as empresas locais)”, disse em relatório nesta terça.

“Além disso, as aéreas possuem bastante dificuldade em controlar custos. Boa parte dos seus insumos são dependentes de dólar (querosene), de economia e demandam capital massivo para continuar crescendo (demanda alavancagem alta), o que é bastante perigoso em um cenário de juros altos”, acrescenta Lopes.

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