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Finanças

Bolsa fecha em alta de 2,24% e encosta nos 110 mil pontos com vacinas; dólar cai

Indicação de Janet Yellen no Tesouro comprova política de Biden alinhada com a globalização

bolsa de valores

Dia de euforia para os mercados de renda variável, o aceno de Donald Trump para finalmente fazer a transição de poder para o governo do presidente eleito Joe Biden animou os investidores. O Ibovespa pegou carona neste otimismo e fechou em alta de 2,24% aos 109.786 pontos nesta terça-feira (24), patamar que não superava desde fevereiro.

Nos Estados Unidos, a notícia de que a ex-presidente do Federal Reserve, Janet Yellen pode ser a secretária do Tesouro de Biden também movimentou Wall Street. Foi um dia de fortes altas para as bolsas americanas. Dow Jones subiu 1,54%, superando pela primeira vez na história a marca de 30 mil pontos. Enquanto o S&P 500 e Nasdaq fecharam em alta de 1,61% e 1,31% respectivamente.

Segundo Murilo Breder, analista da Easynvest, as novidades na política americana animam os investidores porque sinalizam o fim das incertezas sobre as eleições. “As indicações de Biden mostram um governo americano mais alinhado com a globalização, o que pode reduzir as tensões internacionais e aumentar o apetite pelos riscos, beneficiando economias emergentes como o Brasil”, aponta.

Outra novidade foi o avanço da vacina russa Sputnik V, que apresentou 95% de eficácia e é a mais barata até o momento com o preço de R$ 55 por dose.

Representantes da Operation Warp Speed afirmaram hoje que pretendem distribuir 6,4 milhões de vacinas contra o coronavírus pelos EUA, assim que alguma for aprovada por reguladores para uso emergencial.

Na Europa, também foi um dia positivo com alta generaliza. Os maiores ganhos ficaram por conta da Bolsa de Milão que fechou em alta de 2,04%, a 22.145,06 pontos.

O Brasil também acompanhou o otimismo global, apesar do avanço de casos de covid-19. Encostando nos 110 mil pontos foi um dia de recuperação para os setores afetados pela pandemia.

Durante o dia, o índice também foi puxado pelo desempenho das ações da Petrobras (PETR3;PETR4) que fecharam em alta de 5,34% e 4,46%, respectivamente acompanhando os preços do petróleo internacional. Além dos papéis da Vale (VALE3) que avançaram 4,92%.

O ministro da Economia, Paulo Guedes voltou a descartar a prorrogação do auxílio emergencial em 2021. Na véspera houve rumores de que haveria chances de estender o benefício durante o primeiro trimestre de 2021, o que preocupou os investidores por causa do risco fiscal.

A euforia a mundial fez com que o dólar recuasse. A moeda americana teve a sua maior queda desde o dia 17 de novembro. O dólar comercial fechou cotado a R$ 5,375, com desvalorização de 1,06%. Na máxima do dia, a moeda americana chegou a R$ 5,428.

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Destaques da Bolsa

Três setores puxaram o índice nesta terça-feira: commodities, bancos e shoppings.

As maiores altas do dia ficaram por conta deste último. As ações de Multiplan (MULT3) e BR Malls (BRML3) valorizaram 7,16% e 7,07%, respectivamente. Subiram também as siderúrgicas, Usiminas (USIM5) teve alta de 6,12% e CSN (CSNA3) avançou 6%.

No lado oposto do Ibovespa recuaram: Petrorio (PRIO3) com queda de 2,60%, seguido de Raia Drogasil (RADL3) que caiu 2,36% e Weg (WEGE3) com baixa de 2%.

Bolsas americanas

Os mercados de ações dos Estados Unidos subiram nesta terça-feira, e o índice Dow Jones ultrapassou o nível de 30 mil pela primeira vez, com investidores antecipando uma recuperação econômica em 2021 em meio a progressos no desenvolvimento de uma vacina para a Covid-19 e repercutindo a autorização formal para a transição do presidente eleito Joe Biden à Casa Branca.

Todos os 11 principais índices setoriais do S&P 500 fecharam em alta, entre os quais os dos setores financeiros, materiais básicos e energia -sensíveis a ciclos econômicos. O índice para o segmento industrial cravou recorde.

Dow Jones subiu 1,54%, para 30.045,84 pontos, o S&P 500 ganhou 1,61%, para 3.635,41 pontos, e o Nasdaq Composite teve alta de 1,31%, para 12.036,79 pontos.

O Dow Jones foi a uma máxima de 30.116,51 pontos durante a sessão.

Transição nos EUA

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou na segunda-feira (23) que pediu que a diretora da Agência de Serviços Gerais (GSA), Emily Murphy, inicie a transição de poder para o governo do presidente eleito Joe Biden, apesar de seus planos de continuar com as disputas jurídicas pelo resultado da eleição.

Biden, por sua vez, indicou o ex-secretário de Estado John Kerry para o cargo de enviado especial do Meio Ambiente, em um sinal de que está colocando a questão no centro de sua política externa. Outros potenciais nomes para a sua equipe também repercutiram nos mercados na véspera.

Bolsas na Europa

As bolsas da Europa fecharam em alta nesta terça-feira (24), com os investidores otimistas diante de notícias promissoras relacionadas a vacinas contra a covid-19 e na expectativa pela confirmação de Janet Yellen para o comando do Tesouro dos Estados Unidos na administração de Joe Biden. A decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de autorizar a transição de governo também ajudou dissipar a percepção de risco nos mercados. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,91%, a 392,39 pontos.

A perspectiva de melhora na economia global nos próximos meses deu fôlego às ações de petroleiras na Europa. BP (+8,42%), Royal Dutch Shell (+5,73%), Galp (+6,16%), Eni (+3,48%), Saipem (+8,45%), Total (+5,18%) e Repsol (+5,26%) foram algumas das maiores altas acionárias do dia.

O relaxamento das medidas de restrição de mobilidade no Reino Unido anunciados ontem ajudam no movimento de alta das ações em Londres. O índice FTSE 100 teve avanço de 1,55%, a 6.432,17 pontos.

A sequência de notícias positivas relacionadas a vacinas contra o coronavírus animaram também os mercados. Hoje foi a vez do Instituto Gamaleya informa que a vacina russa Sputnik V apresentou eficácia de até 95%.

Dentre as principais bolsas europeias, a maior alta foi em Lisboa, onde o PSI 20 avançou 2,73%, a 4.571,02 pontos. O banco BCP Millenium (+6,03%) e a companhia de telecomunicações NOS (+12,48%) foram responsáveis por algumas das altas mais importantes no dia.

Ainda no mundo corporativo, a companhia italiana Enel anunciou seu plano estratégico para o curto prazo, prevendo investimentos de 40 bilhões de euros até 2023, e de até 190 bilhões de euros no encerramento da década. As ações da empresa subiram 4,18%, e ajudaram o FTSE MIB a fechar em alta de 2,04%, a 22.145,06 pontos.

Em Paris, o CAC registrou alta de 1,21%, a 5.558,42. Com as ações ganhando especial atenção no Brasil desde os eventos da última semana, o Carrefour teve alta nos seus papéis de 0,18%.

Com as ações extremamente sujeitas ao noticiário sobre a pandemia, a Lufthansa registrou alta de 7,11%, e impulsionou o DAX em Frankfurt, que avançou 1,26%, a 13.292,44 pontos. Em Madri, a Inditex, que controla a Zara, teve alta de 2,91%, e ajudou o IBEX 35 a avançar 2,03%, a 8.143,20 pontos.

*Com Reuters e Agência Estado

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