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Finanças

Bolsa fecha nos 110 mil pontos e sobe 4,3% na semana; dólar cai

No mês de novembro índice acumula alta de 17,69%, melhor desempenho mensal desde 1999

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O Ibovespa fechou em alta nesta sexta-feira (27), esta foi a quarta semana consecutiva de ganhos para o índice e o melhor desempenho para o mês de novembro desde 1999.

Contribuiu o otimismo em Nova York apesar dos mercados ter fechado mais cedo por conta da Black Friday, o que reduziu a liquidez no pregão. O índice da B3 quebrou a barreira dos 111 mil pontos durante o dia mas perdeu fôlego. O Ibovespa fechou em alta de 0,32% aos 110.575,47 pontos.

Em Wall Street, que fechou mais cedo, os investidores voltaram do feriado de Ação de Graças com maior apetite ao risco, motivados pelo avanço das vacinas além da possibilidade de ter um pacote de estímulos assim que Biden assumir o governo.

O índice Dow Jones subiu 0,13%, a 29.910 pontos, enquanto o S&P 500 ganhou 0,239693%, a 3.638 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq avançou 0,92%, a 12.206 pontos.

O Nasdaq teve desempenho superior, já que investidores preferiram ações relacionadas a tecnologia e de líderes de mercado, que tiveram um bom desempenho durante a pandemia, enquanto papéis cíclicos – economicamente sensíveis- pesaram sobre o mercado geral.

Na Europa também foi um dia de alta generalizada motivada pela possibilidade do Banco Central Europeu (BCE) sinalizar o aumento de estímulos. A maior alta ficou por conta da Bolsa de Madri, que fechou com ganhos de 1,06%.

No Brasil foi um dia bom para as commodities. A Vale (VALE3) subiu 2,44% sustentando os ganhos do Ibovespa após as industrias chinesas impulsionar a compra de minério de ferro.

Outra companhia que ajudou no desempenho do índice foi Itaú (ITUB4) que avançou mais de 2% após o conselho de administração aprovar na quinta-feira a segregação da participação do conglomerado na XP Inc. em uma nova sociedade. As ações do banco fecharam em alta de 0,77%.

No cenário doméstico, a briga política entre Paulo Guedes, ministro da Economia e Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central chegou ao fim.

O dólar comercial fechou em queda de 0,18%, cotado a R$ 5,326.

 O dólar terminou em leve baixa ante o real nesta sexta-feira, ao fim de uma sessão em que alternou ganhos e perdas, em novo dia de fraqueza geral da divisa norte-americana diante de nova rodada de busca por risco respaldada na confiança na recuperação econômica global.

Na semana, a cotação recuou 1,13%, engatando a segunda semana consecutiva de retração. Em novembro, o dólar cede 7,18% a caminho da maior queda mensal para o mês já registrada.

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Destaques da Bolsa

A maior alta do dia foi da Eztec (EZTC3) que valorizou 6%, cotada a R$ 42,76. Seguida de Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11) que avançaram 3,99% e 3,67%, respectivamente.

A Suzano subiu em dia de recuperação para os fabricantes de papel e celulose, em meio a notícias sobre o aumento de preços. Segundo Murilo Breder, analista da Easynvest, as units da Klabin saltaram com a notícia de que os acionistas aprovaram a incorporação da Sogemar, detentora dos direitos da marca ‘Klabin’.

“A aprovação resulta no fim do pagamento de royalties à família controladora, o que melhora a governança corporativa já que põe fim a um pagamento extra sem sentido aos membros da família”, avalia o analista.

No lado oposto do Ibovespa recuaram: Cogna (COGN3) com queda de 3,93%, seguida de Via Varejo (VVAR3) que desvalorizou 3,75% e IRB Brasil (IRBR3) que fechou em baixa de 3,54%.

Bolsas americanas

Os mercados em Wall Street avançaram e o Nasdaq fechou em máxima recorde nesta sexta-feira (27), em uma semana encurtada por um feriado, com varejistas dando início à temporada de compras de fim de ano em meio a hospitalizações recordes por Covid-19.

O Nasdaq teve desempenho superior, já que investidores preferiram ações relacionadas a tecnologia e de líderes de mercado, que tiveram um bom desempenho durante a pandemia, enquanto papéis cíclicos – economicamente sensíveis– pesaram sobre o mercado geral.

Todos os três índices acumularam altas na semana, o S&P 500 atingiu uma nova máxima de fechamento e o Dow Jones terminou acima de 30 mil pontos pela primeira vez.

“É uma sessão mais curta e o volume é leve, então a única conclusão é que o rali não está vacilando por enquanto”, disse Peter Cardillo, economista-chefe de mercado da Spartan Capital Securities, em Nova York.

“É um bom presságio para o próximo mês”, acrescentou Cardillo. “Veremos um rali de Natal? Provavelmente. Será tão robusto quanto novembro? É um grande ponto de interrogação.”

Os varejistas abriram suas portas para os compradores da Black Friday, com práticas de distanciamento social e outras medidas postas em prática para mitigar os riscos de infecção, e ofereceram descontos elevados.

“A Black Friday perdeu um pouco do brilho – o tráfego diminuiu devido à pandemia – mas a boa notícia é que as vendas de comércio eletrônico atingiram um novo recorde”, disse Cardillo. “Isso é encorajador.”

No mais recente progresso no caminho ao desenvolvimento de uma vacina contra a Covid-19, o Reino Unido deu sinal verde à farmacêutica AstraZeneca depois que os especialistas levantaram questões sobre os dados do teste da vacina.

Como as hospitalizações por coronavírus nos Estados Unidos estabeleceram um recorde sombrio de mais de 89 mil, a corrida por uma solução médica para a pandemia resultou em vacinas promissoras da Pfizer Inc, Moderna Inc e outras, alimentando o otimismo de um luz no fim do túnel.

O índice Dow Jones subiu 0,13%, a 29.910 pontos, enquanto o S&P 500 ganhou 0,239693%, a 3.638 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq avançou 0,92%, a 12.206 pontos.

Dos 11 principais setores do S&P 500, o de saúde teve os maiores ganhos percentuais, enquanto as ações de energia tiveram a maior perda percentual.

Bolsas na Europa

Os principais índices acionários da Europa fecharam esta sexta-feira (27), em alta, estimulados pela sinalização do Banco Central Europeu (BCE) de que haverá mais medidas de apoio monetário – ou ao menos a ampliação das já existentes – para dar suporte à economia europeia em 2021. Os dados de lucro industrial na China também contribuíram para o viés de alta das bolsas, deixando em segundo plano as preocupações com o avanço da covid-19 na Europa.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou com variação positiva de 0,40%, aos 393,22 pontos, e acumulou ganho semanal de 0,93%. Na bolsa de Milão, o FTSE MIB avançou 0,68%, o CAC 40 de Paris teve alta de 0,56% e, em Lisboa, o PSI 20 teve elevação de de 0,97%. nesta sexta-feira.

Hoje, o membro do Comitê Executivo do BCE, Fabio Panetta, defendeu a ampliação das políticas de estímulo monetário do banco e disse que há consenso no grupo para “recalibrar” os instrumentos em dezembro, à medida que o objetivo da entidade para a inflação da zona do euro não parece que será atingido a curto prazo.

A perspectiva de que a autoridade monetária vá seguir com sua política acomodatícia em 2021 agradou investidores, que monitoram ainda a evolução da pandemia do novo coronavírus na Europa. Hoje, a Alemanha ultrapassou a marca de 1 milhão de casos, e se tornou o 12º país com mais infectados no mundo. Apesar disso, o índice DAX da Bolsa de Frankfurt fechou com ganho de 0,37%.

Contribui para uma perspectiva otimista para a economia global o lucro industrial na China, que em outubro aumentou 28,2% em relação ao mesmo mês de 2019.

No Reino Unido, entretanto, pesam as incertezas em relação ao acordo pós-Brexit com a União Europeia. Comentários de autoridades britânicas e europeias sinalizam que um entendimento entre as partes segue sendo um desafio. O FTSE 100 da Bolsa de Londres fechou nesta sexta com a menor alta entre os principais índices europeus, de 0,07%.

Na Espanha, a notícia de que o Banco Sabadell encerrou a negociação com o Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA) sobre uma possível fusão impactou as ações de ambas as empresas. Enquanto o Sabadell teve o pior desempenho em Madri, com recuo de 13,58%, o BBVA subiu 4,99%, na maior alta diária do índice Ibex 35, que fechou com ganhos de 1,06%.

*Com Reuters e Agência Estado

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