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Finanças

Petrobras cai quase 8% e puxa Ibovespa; dólar fecha em queda, mas sobe na semana

Temores sobre interferência política na estatal impactaram o mercado.

ibovespa

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou em queda nesta sexta-feira (19), reagindo às notícias envolvendo a Petrobras, tendo em vista a maior percepção de riscos para a autonomia da estatal e de sua política de preços de combustíveis. Já o dólar fechou em queda em relação ao real.

O Ibovespa caiu 0,64%, aos 118.431 pontos. Na semana, o indicador caiu 0,84%. O dólar recuou 0,99%, cotado a R$ 5,3874. Porém, na semana a moeda subiu 0,25%.

O presidente Jair Bolsonaro reiterou nesta sexta que mudanças serão feitas na Petrobras, um dia depois de criticar a elevação do preço dos combustíveis realizada na véspera pela estatal. As declarações de Bolsonaro têm preocupado o mercado, mas fontes disseram à Reuters que o presidente da empresa, Roberto Castello Branco, não pretende pedir demissão.

As ações da Petrobras caíam com força, liderando as perdas do Ibovespa. A ação preferencial (PETR4) recuou 7,92%, enquanto o papel ordinário (PETR3) perdeu 6,63%. Acompanhe as cotações.

Comentando o caso em nota a clientes, o Goldman Sachs afirmou ver “a notícia como negativa para a empresa porque adiciona ruído à análise de investimento”.

“A gente não sabe até que ponto é discurso político para agradar determinadas classes ou interferência de fato na empresa”, comenta João Beck, da BRA Investimentos. “O mercado quer previsibilidade na própria política de reajuste. O que o mercado não quer e causa desconforto é a interferência política.”

Em relatório, a Levante Investimentos lembrou que Bolsonaro também havia ameaçado demitir o presidente do Banco do Brasil (BBAS3), André Brandão, após o banco ter anunciado um plano de fechamento de agências e de demissão voluntária.

“Os impactos de uma possível intervenção na Petrobras podem afugentar o capital estrangeiro para investimentos (…) se espalhar para em ativos nos setores de infraestrutura, energia elétrica e em todos os setores que há alguma regulamentação estatal mais firme, com consequências no médio e longo prazos”, afirmou a Levante no documento.

Outros destaques da bolsa

Entre as quedas, a ação da companhia de resseguros IRB Brasil (IRBR3) caiu 3,91%. A empresa anunciou que registrou um prejuízo líquido superior a R$ 1,5 bilhão em 2020.

Na outra ponta, o dia foi de valorização para as ações da B2W Marketplace (BTOW3), com alta de 6,81%. A plataforma, que reúne os sites Americanas, Submarino e Shoptime, acaba de firmar parceria com várias marcas, diversificando o sortimento dos sites, além de ter investido mais de R$ 1,2 bilhão em tecnologia e logística nos últimos três anos.

Também em destaque positivo ficou o Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), com alta de 3,26%, após anunciar expansão da operação de logística para vender serviços a terceiros.

Bolsas globais

Os mercados acionários em Wall Street encerraram perto da estabilidade nesta sexta-feira, à medida que investidores desfizeram-se de ações do setor de tecnologia, que tiveram um rali nos primeiros meses da pandemia de covid-19, e migraram para papéis cíclicos, os quais devem se beneficiar da demanda reprimida assim que a pandemia for superada.

Segundo dados preliminares, o Dow Jones teve variação positiva de 0,01%, para 31.495,7 pontos, o S&P 500 perdeu 0,18%, para 3.906,79 pontos, e o Nasdaq registrou oscilação positiva de 0,06%, para 13.874,17 pontos.

Os mercados acionários da zona do euro subiram nesta sexta-feira, registrando uma terceira semana de ganhos, já que dados mostraram que em fevereiro a atividade industrial avançou para uma máxima de três anos, enquanto balanços trimestrais positivos aumentavam a confiança de uma recuperação econômica mais ampla.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,10%, a 6.624,02 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,77%, a 13.993,23 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,79%, a 5.773,55 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,94%, a 23.136,31 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 1,16%, a 8.151,60 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 2,40%, a 4.817,97 pontos.

Na Ásia, o índice de blue-chips (ações mais negociadas) da China recuperou perdas anteriores e fechou em alta, impulsionado por ganhos em ações de infraestrutura, embora tenha registrado perda semanal diante das preocupações com o aperto da política monetária e altas valorizações.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,72%, a 30.017 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,16%, a 30.644 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,57%, a 3.696 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,18%, a 5.778 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,68%, a 3.107 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,51%, a 16.341 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,97%, a 2.880 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 1,34%, a 6.793 pontos.

(*com informações da Reuters)

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