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Finanças

Bolsa cai e dólar fecha em R$ 5,71, antes do feriado e de olho em risco fiscal

A cautela prevaleceu sobre o otimismo no exterior por causa de pacote trilionário nos EUA.

B3 Bolsa Ibovespa
Crédito: Shutterstock

O principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, fechou em baixa nesta quinta-feira (1), antes do feriado da Sexta-Feira Santa, enquanto o dólar subiu frente ao real. Os investidores monitoram a situação fiscal do Brasil, com a cautela prevalecendo sobre o otimismo no exterior após o pacote trilionário de Joe Biden para reconstruir a infraestrutura dos Estados Unidos.

O Ibovespa caiu 1,18%, aos 115.253 pontos. Na semana, no entanto, a bolsa subiu 0,41%. Veja mais cotações

Já o dólar subiu 1,55% frente ao real, a R$ 5,7148. Mas, na semana, a moeda norte-americana teve queda de 0,47%.

O índice da B3 fechou março em alta de 5,99%. Foi o primeiro desempenho mensal positivo do Ibovespa em 2021. Porém, especialistas do mercado financeiro acreditam que, no curto prazo, a bolsa brasileira ainda deve sofrer com volatilidade, sem ganhos sustentáveis, principalmente por causa do risco fiscal.

“Com esse temor que iniciamos um novo trimestre, onde pouco ainda se fez para alterar tal cenário por parte dos políticos e as reformas nem sequer aparecem no escopo do Congresso”, comentou Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset, em relatório.

Na quarta-feira (31), houve corte de R$ 10 bilhões de emendas no Orçamento Público de 2021 pelo relator Marcio Bittar (MDB-AC), mas o mercado segue avaliando que a conta ainda não fecha e faltam R$ 22 bilhões para respeitar o teto de gastos.

Além disso, a piora da pandemia de covid-19 e o cenário político movimentado também segue no radar dos investidores.

Na agenda macroeconômica, foram divulgados nesta quinta os dados da indústria brasileira, que registrou queda inesperada em fevereiro e interrompeu nove meses de resultados positivos. A produção da indústria registrou em fevereiro queda de 0,7%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Destaques da Bolsa

Entre os destaques positivos do dia, a maior alta foi da Braskem (BRKM5) que valorizou 2,19%. A ação teve forte desempenho após o Santander Brasil reiterar a sua recomendação de compra e elevar o preço-alvo do papel de R$ 28 para R$ 47. A justificativa é que a empresa continua bem posicionada para aproveitar a sólida demanda por produtos petroquímicos.

Subiu também o Assaí (ASAI3) que fechou em alta de 1,65%. E a Cosan (CSAN3) que avançou 1,56%.

No lado oposto do Ibovespa, o destaque negativo foi da Qualicorp (QUAL3) que recuou 4,42%.

Investidores ainda repercutem o resultado trimestral da companhia divulgado nesta semana, com queda nas receitas, desempenho operacional e margens.

Segundo o BTG Pactual, além de números poluídos no 4º trimestre, a parte recorrente dos resultados ainda mostra perspectivas pouco claras.

Caíram também Bradesco (BBDC4) e Cogna (COGN3) que fecharam em baixa de 3,66% e 3,52%, respectivamente.

Os bancos Bradesco (BBDC4) e Itaú (ITUB4) cederam em meio a discussões sobre orçamento e risco fiscal. As ações ampliaram as perdas no final após ruídos sobre medidas de tributação que afetem o setor, incluindo mudanças nas regras nesse sentido em relação a fundos de investimento, tributação sobre lucros e dividendos.

Já a Cogna (COGN3) devolveu os ganhos após divulgação do balanço trimestral. Para o Credit Suisse, as decisões relacionadas à operação presencial em 2020 e ao balanço de contas a receber e intangíveis foram corretas. “No entanto, a magnitude dos efeitos do ‘turnaround’ ainda não foi observada.”

Confira também:

Bolsas globais

O índice S&P 500 disparou nesta quinta e marcou seu primeiro fechamento acima da marca de 4 mil pontos, impulsionado por ganhos de Microsoft, Amazon e Alphabet, bem como pelo otimismo sobre a recuperação da economia norte-americana.

  • O índice Dow Jones subiu 0,52%, a 33.153 pontos
  • S&P 500 ganhou 1,182514%, a 4.020 pontos
  • O índice de tecnologia Nasdaq avançou 1,76%, a 13.480 pontos

As ações europeias terminaram a um triz de sua máxima recorde nesta quinta, com fortes dados de atividade fabril da zona do euro e o otimismo em torno de um novo plano de gastos do governo dos Estados Unidos ofuscando preocupações sobre outro lockdown na França.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,35%, a 6.737,30 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,66%, a 15.107,17 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,59%, a 6.102,96 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,25%, a 24.710,00 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,03%, a 8.577,60 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,97%, a 4.977,56 pontos.

As ações da China fecharam em alta, lideradas pelos setores de consumo e saúde, com os investidores parecendo deixar de lado uma pesquisa que mostrou crescimento mais fraco do que o esperado na atividade industrial na segunda maior economia do mundo.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,72%, a 29.388 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 1,97%, a 28.938 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,71%, a 3.466 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 1,24%, a 5.110 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,85%, a 3.087 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,85%, a 16.571 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,52%, a 3.181 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,56%, a 6.828 pontos.

*Com informações da Reuters

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