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Finanças

Com Rede D’Or, 2020 é o 2º maior ano para IPOs na história da B3

Segundo a TradeMap, já são 25 IPOs que juntos levantaram mais de R$ 42,6 bilhões com investidores ávidos por diversificar as suas carteiras de ações.


Em quantidade, 2020 já é o segundo melhor ano da história da bolsa brasileira para aberturas da capital, segundo levantamento da TradeMap. Apesar da pandemia e da maior queda do PIB da história, já são 25 IPOs que juntos levantaram mais de R$ 42,6 bilhões com investidores ávidos por diversificar as suas carteiras de ações.

Este ano só perde para 2007, véspera da crise global, quando nada menos do que 64 IPOs levantaram a incrível quantia de R$ 55,6 bilhões. Corrigido pela inflação, é o equivalente a R$ 113 bilhões atualmente.

Em questão de valores, 2020 perde por pouco para 2009, quando foram levantados R$ 43,5 bi em apenas seis IPOs – ano este atípico que teve dois dos três maiores IPOs da história – do banco Santander, que sozinho arrecadou R$ 24 bi e da VisaNet, que hoje virou Cielo, que arrecadou R$ 15,4bi. Todos estes valores já estão corrigidos pela inflação.

No ranking dos cinco maiores IPOs de 2020 (com valores corrigidos pela inflação) em 5º lugar está as lojas Quero-Quero, uma varejista da região Sul. Ela levantou R$ 2,2 bilhões em agosto, o que a coloca na 31ª colocação do ranking geral de maiores IPOs da história da bolsa brasileira.

A varejista gaúcha, que está expandindo suas operações por Santa Catarina e Paraná, fica logo atrás da companhia aérea Azul e à frente da IRB Brasil, empresa de resseguros.

Em 4º lugar está a Hidrovias. A empresa que faz transporte hidroviário de cargas estreou no dia 25 de setembro na bolsa e levantou R$ 3 bilhões, o que a coloca na 20ª posição. Ela está logo atrás da Petz, tanto no ranking geral quanto no de 2020.

Em 3º lugar dos cinco maiores IPOs do ano está a Petz, que também está na décima nona posição geral porque estreou quatorze dias antes da hidrovias e levantou R$ 11 milhões a mais.

Já em 2º segundo lugar está mais uma varejista. O grupo Mateus, gigante do norte e nordeste do país, que levantou R$ 4,1 bilhões em outubro deste ano, o que o coloca no 14º lugar dos maiores IPOs da história do Brasil.

Ela ficou logo atrás da petroleira HRT e à frente da MPX energia, uma das empresas do antigo império x do empresário Eike Batista. Coincidentemente, as duas tiveram muitas dificuldades na bolsa e decepcionaram seus investidores.

Em primeiro lugar está a Rede D’Or. O IPO da rede de hospitais e serviços de saúde levantou R$ 11,4 bilhões e foi a 7ª maior estreia de uma empresa na bolsa brasileira.

Com a correção pela inflação, a Rede D’Or ficou logo atrás da BM&F e à frente da Redecard. A Rede D’Or não só tirou o banco BTG Pactual do top dez de maiores IPOs da história como foi também o maior IPO da história do setor de saúde.

Até então, a maior abertura de capital do setor tinha sido o da Hapvida. A companhia levantou R$ 3,4 bilhões em abril de 2018, o equivalente a R$ 3,8 bilhões atualmente. A Hapvida ocupa agora a 17ª posição do ranking geral.

Ainda segundo o levantamento, o perfil das empresas que estão abrindo capital na bolsa brasileira mudou completamente de perfil. Enquanto outros anos foram dominados por empresas do sistema financeiro, em 2020 nenhuma deste setor figurou no ranking.

Ao menos três varejistas de regiões distintas como Grupo Mateus, Petz e Quero-Quero estrearam na lista, além de uma empresa do setor de saúde e outra de logística.

O ponto negativo é que até agora, pouquíssimas empresas de tecnologia estrearam na bolsa, ao contrário de outros mercados mais desenvolvidos

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