O Ibovespa fechou em leve queda e o dólar subiu nesta segunda-feira (25), em meio ao viés negativo no exterior, com preocupações persistentes sobre o ritmo da economia chinesa e perspectivas de juros altos por mais tempo nos Estados Unidos.
O Ibovespa caiu 0,07%, aos 115.925 pontos, e o dólar subiu 0,69%, a R$ 4,9662.
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Juros dos Estados Unidos
Com foco no Federal Reserve, o mercado acompanhará de perto nesta semana a leitura de agosto do índice de inflação preferido do banco central norte-americano, o PCE, agendado para sexta-feira.
O Fed deixou os juros inalterados em sua reunião da semana passada, mas não fechou a porta para mais elevações à frente, e o chair Jerome Powell voltou a reafirmar a visão de que os custos dos empréstimos permanecerão mais altos por mais tempo em meio a uma economia resiliente.
“(O Fed) está claramente enviando uma mensagem aos mercados de que o combate à inflação está longe de ser vencido, especialmente devido à força da economia dos Estados Unidos, e de que as taxas precisarão permanecer altas por mais tempo”, disse Eduardo Moutinho, analista de mercado da Ebury.
Atenção com China
Dois dias depois de ter anunciado o cancelamento de um programa de reestruturação de dívida, a Evergrande informou no domingo (24) que está impossibilitada de emitir novos títulos, em mais um desdobramento da crise de liquidez que se abateu sobre a incorporadora imobiliária chinesa.
Em documento regulatório protocolado na Bolsa de Hong Kong, a empresa explicou que a subsidiária Hengda Real Estate é alvo de uma investigação da Comissão Reguladora de Valores da China por possíveis violações na normas de divulgação de informações.
Segundo a nota, essa apuração impede a emissão de novas notas.
Cenário interno
No Brasil, a “ata do Copom de terça-feira deve trazer mais novidades sobre a preocupação fiscal e suas consequências para as expectativas de inflação e para o ritmo de corte de juros”, avaliou o BTG Pactual em relatório a clientes, chamando a atenção ainda para a divulgação, no mesmo dia, do IPCA-15 de setembro, que “dará nova oportunidade ao mercado de observar a trajetória dos núcleos de inflação”.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central cortou a taxa Selic na semana passada em 0,50 ponto percentual, a 12,75%, conforme esperado, sinalizando ainda cortes da mesma magnitude até o final deste ano.
Embora redução da Selic signifique a redução do diferencial de juros entre Brasil e EUA — cenário ruim para o real –, muitos participantes do mercado têm ponderado que os juros domésticos seguirão em patamar restritivo mesmo com o início do afrouxamento pelo Copom, de forma que o impacto na moeda brasileira será limitado.
Bolsas mundiais
Wall Street
Os principais índices de Wall Street registraram ganhos nesta segunda-feira, apoiado pelas ações da Amazon.com e pelo setor de energia, à medida que os rendimentos dos Treasuries subiam ainda mais e investidores aguardavam dados econômicos e comentários de autoridades do Fed para obter clareza sobre a trajetória das taxa de juros.
O Dow Jones subiu 0,13%, para 34.006,88 pontos. O S&P 500 ganhou 0,40%, para 4.337,44 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq avançou 0,45%, em 13.271,32 pontos.
Europa
As ações europeias fecharam em seu nível mais fraco em mais de um mês nesta segunda-feira, conforme preocupações com a permanência de taxas de juros mais altas por mais tempo e a desaceleração da economia chinesa afetaram o humor de investidores.
- Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,78%, a 7.623,99 pontos.
- Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,98%, a 15.405,49 pontos.
- Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,85%, a 7.123,88 pontos.
- Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,68%, a 28.382,19 pontos.
- Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 1,22%, a 9.386,00 pontos.
- Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,79%, a 6.119,62 pontos.
Ásia e Oceania
As ações da China e de Hong Kong fecharam em baixa nesta segunda-feira, com investidores estrangeiros cautelosos se desfazendo de ações domésticas antes de um feriado de uma semana, enquanto um mercado regional fraco também pesou sobre o sentimento.
- Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,85%, a 32.678 pontos.
- Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 1,82%, a 17.729 pontos.
- Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,54%, a 3.115 pontos.
- O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,65%, a 3.714 pontos.
- Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,49%, a 2.495 pontos.
- Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,66%, a 16.452 pontos.
- Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,33%, a 3.215 pontos.
- Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,11%, a 7.076 pontos.
(*Com informações da Reuters.)
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