Finanças
DEFI11 estreia na B3; entenda como funciona o investimento
DeFi não é uma moeda digital, mas todo um sistema, onde o foco são os serviços financeiros.
O sistema de finanças descentralizadas, conhecido pelo sigla DeFi, desembarcou na bolsa brasileira. Porém, de forma regulada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), via fundo de investimento. A gestora Hashdex passou a negociar seu primeiro ETF de DeFi no Brasil.
O DEFI11 foi desenvolvido em parceria com a CF Benchmarks, um dos principais provedores globais de índices cripto, e vai espelhar o “CF DeFi Modified Composite Index”, índice que segue critérios de elegibilidade para representar o mercado DeFi.
Ele é composto por três sub-portfólios que prometem garantir exposição a todos os elementos da cadeia de valor do sistema descentralizado:
1º sub-portfólio: corresponde a 70% do índice. Ele é representado pelos protocolos DeFi – que são tanto empréstimos, exchanges, seguros, derivativos e gestão de recursos.
2º sub-portfólio: corresponde a 15% do índice. Ele representa o suporte aos protocolos do sistema descentralizado.
3º subportfólio: corresponde a 15% do índice. Ele representa as plataformas de smart contracts: as blockchains nativas em que as transações são validadas e registradas.
Entenda o sistema
A sigla é a abreviação de decentralized finance, termo em inglês para finanças descentralizadas. Esse ecossistema surgiu em 2015 com uma premissa bastante parecida com a do bitcoin. Porém, DeFi não é uma moeda digital, mas todo um sistema, onde o foco são os serviços financeiros. Pode-se dizer que é uma plataforma que tende a simplificar a contratação de empréstimos, seguros, a negociação de ativos – o que promete algo polêmico: tirar do mapa os intermediários.
De maneira prática, nas finanças descentralizadas, cada pessoa que investe nela é quem armazena seu dinheiro e controla a forma como ele é aplicado. As transações podem ser feitas 24 horas por dia, sem limites de valores, e sem restrições. Em vez de dinheiro como dólar ou real, são ativos digitais que são transacionados.
O sistema DeFi funciona por meio dos chamados smart contracts, ou, contratos inteligentes. Esses contratos são acordos automatizados que não precisam de intermediários para serem executados e que podem ser acessados por qualquer pessoa com uma conexão à Internet. As negociações são feitas diretamente entre duas pessoas – ou seja: não tem um terceiro envolvido. Na prática, DeFi é muitas coisas, como aplicativos financeiros construídos dentro de redes blockchain, normalmente viabilizados pelos smart contracts.
Esses acordos automatizados podem ter várias naturezas, como por exemplo, empréstimos, seguros, conversão de moedas e derivativos. Então tanto pode ser feita uma poupança em criptomoedas, como empréstimo também em moedas digitais (e depois convertido para a moeda que quiser); a compra de outras criptomoedas por uma exchange (podendo ser centralizada ou descentralizada). Essas exchanges permitem que os clientes negociem um ativo para comprar outro
Em 2021, o crescimento no volume depositado em protocolos DeFi foi de 538%, segundo a theblock crypto.com.
Neste Cafeína, Samy Dana e Dony De Nuccio explicam tudo sobre o sistema DeFi, os riscos, os pontos positivos, e o que o investidor precisa levar em consideração antes de apostar na modalidade.
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