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Finanças

‘Dinheiro esquecido’: espera com mais de 300 mil pessoas trava SVR do BC

Saques voltaram nesta terça; veja como consultar.

Em meio à reabertura dos saques de dinheiro esquecido nos bancos nesta terça-feira (7), o Sistema de Valores a Receber (SVR) enfrenta instabilidade. A alta procura gerou uma fila de espera que travou a ferramenta. No entanto, segundo o Banco Central, a espera foi zerada no final da tarde.

De acordo com o Banco Central, havia mais de 300 mil pessoas na fila de espera às 10h11, mas a fila estava andando rápido. Perto das 16h, o número havia sido reduzido para 60 mil pessoas, com 3 minutos de espera. Depois, após picos esperados de procura durante as primeiras horas, o tempo médio em fila foi sendo reduzido até chegar a zero, por volta das 17h15.

Em nota, o BC informou que “o SVR está funcionando a plena carga para atender a todos os interessados em recuperar os recursos ‘esquecidos’ no sistema financeiro”.

“Como é comum em sistemas que recebem uma enorme quantidade de acessos em curto espaço de tempo, o SVR organiza automaticamente uma fila e informa ao usuário sua posição e previsão de atendimento. Esse mesmo procedimento é utilizado, por exemplo, na abertura da venda de ingressos para um show muito procurado”, disse ainda.

“Nessas primeiras horas de funcionamento, uma vez dentro do sistema, o tempo para os usuários requererem seus recursos tem sido menor que o esperado. O SVR está adequando o cálculo do tempo esperado em fila para refletir essa experiência real dos usuários, o que deve reduzir a previsão em espera informada ao cidadão.”

“O BC tranquiliza os cidadãos de que os recursos permanecerão a sua disposição pelo tempo que for necessário e que todos serão atendidos o mais rapidamente possível, sem necessidade de agendamento de horário certo como na primeira fase, em 2022.”

Nota do Banco Central

A expectativa agora é de que, passadas as primeiras horas de funcionamento, a demanda diminua.

Retorno e novidades

O retorno do SVR acontece após 11 meses de fechamento do serviço. Agora, o usuário também tem a possibilidade de verificação de valores de pessoas falecidas, com acesso para herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal. Assim como nas consultas a pessoas vivas, o sistema informa a instituição responsável pelo valor e a faixa de valor.

Também há mais transparência para quem tem conta conjunta. Se um dos titulares pede o resgate de um dinheiro esquecido, o outro, ao entrar no sistema, consegue ver as informações, como valor, data e CPF de quem fez o pedido.

O sistema tem outras novidades importantes, como impressão de telas e de protocolos de solicitação para compartilhamento no Whatsapp e inclusão de todos os tipos de valores previstos na norma do SVR.

Também há uma sala de espera virtual, que permite que todos os usuários façam a consulta no mesmo dia, sem a necessidade de cronograma por ano de nascimento ou de fundação da empresa.

Balanço

Segundo o BC, entre 10h e 17h30 desta terça, o Sistema de Valores a Receber (SVR) atendeu cerca de 1,6 milhão de pessoas, que realizaram mais de 1 milhão de solicitações de resgate diretamente no sistema, por meio de suas chaves Pix.

O valor total resgatado foi de R$ 62,1 milhões. O maior valor resgatado por uma pessoa física foi de R$ 328 mil e por uma pessoa jurídica, de R$ 133 mil.

Como saber se tenho dinheiro esquecido?

Os usuários podem agendar o recebimento dos recursos no site Valores a Receber, administrado pelo Banco Central (BC).

A consulta serve para o cidadão saber se ele ou sua empresa tem valor a receber de algum banco, consórcio ou outra instituição.

Os dados necessários são:

  • Pessoa física: CPF e data de nascimento; ou
  • Pessoa jurídica: CNPJ e data de abertura.

Em seguida, é preciso fazer o login. Com a  Conta gov.br. Para valores de pessoa física, por causa do sigilo bancário, é preciso ter uma conta gov.br de nível prata ou ouro. Para valores de pessoa jurídica, precisa ter Conta gov.br com o CNPJ vinculado (qualquer tipo de vínculo, exceto colaborador).

Fontes de recursos

A nova fase do SVR incluiu fontes de dinheiro esquecido que não estavam nos lotes do ano passado. Foram acrescentadas contas de pagamento pré ou pós-paga encerradas, contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas e outros recursos disponíveis nas instituições para devolução.

Além dessas fontes, o SVR engloba os seguintes valores, já disponíveis para saques no ano passado: contas-corrente ou poupança encerradas; cotas de capital e rateio de sobras líquidas de ex-participantes de cooperativas de crédito; recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados; tarifas cobradas indevidamente; e parcelas ou despesas de operações de crédito cobradas indevidamente.

Golpes

Nesta fase do programa, o Banco Central aconselha o correntista a ter cuidado com golpes de estelionatários que alegam fazer a intermediação para supostos resgates de valores esquecidos.

O BC esclarece que todos os serviços do Valores a Receber são totalmente gratuitos, que não envia links nem entra em contato para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais.

O BC também esclarece que apenas a instituição financeira que aparece na consulta do Sistema de Valores a Receber pode contactar o cidadão. O órgão também pede que nenhum cidadão forneça senhas e esclarece que ninguém está autorizado a fazer esse tipo de pedido.

(* com informações da Agência Brasil)

Este conteúdo é de cunho jornalístico e informativo e não deve ser considerado como oferta, recomendação ou orientação de compra ou venda de ativos.

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