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Finanças

Dólar chega a superar R$5,86 em dia de estresse global, mas desacelera alta; Ibovespa cai 0,46%

Mercados iniciaram o pregão em venda generalizada, mas diminuíram ritmo ao longo das negociações

Após oscilar acima dos R$ 5,86 no início do dia, o dólar à vista perdeu força em meio à desaceleração da moeda ante outras divisas de emergentes e a dados positivos do setor de serviços nos EUA, mas ainda assim a moeda norte-americana fechou a segunda-feira (5) em alta no Brasil, no maior valor desde dezembro de 2021.

O dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 5,7414 na venda, em alta de 0,53%. Esta é a maior cotação de fechamento desde 20 de dezembro de 2021, quando encerrou em R$ 5,7450. Em agosto, a moeda norte-americana acumula ganho de 1,51%.

Às 17h36, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,04%, a R$ 5,7425 na venda.

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No início do dia, o sell-off (liquidação) nos mercados globais colocou os índices de ações em forte baixa e o dólar em alta firme ante as divisas de emergentes, como o real, o peso mexicano e o peso chileno.

Entre os fatores citados para o movimento estavam o receio de uma recessão nos EUA após dados fracos de emprego na sexta-feira; a continuidade da liquidação de operações de carry trade com o iene pós o Banco do Japão subir juros na semana passada; os receios de que haja uma escalada no conflito envolvendo Israel no Oriente Médio e a decepção com balanços de companhias nos EUA, com a Berkshire Hathaway do empresário Warren Buffett reduzindo metade de sua participação na Apple.

“Houve um sell-off bruto, com o (mercado de ações do) Japão mergulhando e os EUA também. Mas no intraday foi melhorando”, comentou o gerente da mesa de Derivativos Financeiros da Commcor DTVM, Cleber Alessie Machado, pontuando que os ganhos do dólar ante o real, o peso mexicano e o peso chileno também diminuíram.

Ibovespa

O Ibovespa fechou em baixa nesta segunda-feira, contaminado pela aversão a risco global, mas distante da mínima do dia, amparado pela disparada das ações do Bradesco, após o balanço do segundo trimestre mostrar lucro líquido acima do esperado e tendências positivas para os próximos meses.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou com um declínio de 0,46%, a 125.269,54 pontos, mas chegou a cair a 123.073,16 pontos no pior momento da sessão (-2,21%). Na máxima, marcou 125.850,51 pontos. O volume financeiro somou 25,4 bilhões de reais.

Divulgações recentes nos Estados Unidos reavivaram preocupações sobre o risco de recessão na maior economia do mundo, desencadeando um forte movimento de aversão a risco no exterior nesta segunda-feira, principalmente sob a tese de que o Federal Reserve possa estar atrasado no corte de juros.

Em Wall Street, o S&P 500 fechou em baixa de 3%, enquanto o rendimento do título de 10 anos do Tesouro norte-americano marcava 3,7846% no final do dia, após chegar a 3,667% na mínima da sessão, de 3,796% na última sexta-feira.

“Vemos a reação do mercado como exagerada e repercutindo um receio de uma forte e/ou grave recessão a frente, a qual vemos como altamente incerta”, afirmou o estrategista-chefe da Avenue, William Castro Alves.

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