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Finanças

Dólar sobe e Ibovespa fecha em queda pelo 7º dia, com atenções sobre China

Dados de inflação reforçaram temores sobre desaceleração da economia chinesa, afetando os mercados.

O dólar fechou em alta sobre o real, e o Ibovespa recuou nesta quarta-feira (9), com investidores novamente ponderando dados fracos divulgados pela China, o que elevou preocupações quanto aos impactos econômicos em parceiros comerciais do gigante asiático. A sessão também foi marcada pela repercussão de uma bateria de balanços no país.

No dia, o dólar avançou 0,14%, a R$ 4,9044, e o Ibovespa caiu 0,57%, aos 118.409 pontos. Foi o sétimo dia seguido de baixa no índice, cenário que não era observado desde 14 de junho de 2022, segundo o TradeMap.

Dados da China

Distrito de comércio em Pequim 13/07/2022. REUTERS/Thomas Peter/File Photo

No país asiático, o Escritório Nacional de Estatísticas informou que o índice de preços ao consumidor da China caiu 0,3% em julho na comparação anual, ante previsão de queda de 0,4% em pesquisa da Reuters. Foi o primeiro recuo desde fevereiro de 2021.

Já o índice de preços ao produtor cedeu pelo 10º mês consecutivo, caindo 4,4%, contra projeção de baixa de 4,1%.

A deflação lança dúvidas sobre o crescimento da China, importante comprador global de commodities, o que em tese traz pressão de baixa para as moedas de países exportadores de matérias-primas, como o Brasil.

No exterior, no entanto, existe a leitura de que a deflação na China pode levar Pequim a adotar mais medidas de estímulo à economia.

Cenário interno

Internamente, as atenções seguiram voltadas para o Congresso, onde tramitam projetos importantes para o governo, como o novo arcabouço fiscal, e para o Banco Central, após a autarquia ter indicado a intenção de promover novos cortes de 0,50 ponto percentual da taxa básica Selic em seus próximos encontros de política monetária. Atualmente, a Selic está em 13,25% ao ano.

Mais cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que as vendas no varejo em junho ficaram estáveis na comparação com o mês anterior e avançaram 1,3% em relação ao mesmo mês de 2022. Os dados não fizeram preço no mercado de câmbio em um primeiro momento.

Destaques da B3

Copel

A ação de Copel (CPLE6) fechou em alta de 0,84%, a R$ 8,37, após movimentar R$ 5,2 bilhões em oferta de ações que culminou na privatização da companhia elétrica paranaense, na segunda maior oferta de ações na B3 no ano até agora.

A operação foi precificada na véspera a R$ 8,25 por papel ordinário. O “follow on” diluiu a participação do Estado do Paraná no capital da companhia a 15,6%, ante 31% antes da oferta.

CVC

A ação da CVC (CVCB3) caiu 7,99%, a R$ 2,65, após a empresa divulgar na noite da véspera prejuízo líquido de R$ 167 milhões, alta de 76,1% em relação à perda apurada um ano antes, em meio a aumento de provisões para perdas com clientes, além de piora também no desempenho operacional medido pelo Ebitda e receitas praticamente estáveis.

Totvs

A ação TOTS3 perdeu 4%, a R$ 28,29, tendo no radar queda de 19,5% no lucro líquido do segundo trimestre ano a ano, para R$ 103,9 milhões, enquanto o Ebitda ajustado aumentou 11,7%, mas com declínio em margem. As receitas cresceram 16,7%, mas as despesas operacionais subiram 27,3%. A companhia também estimou custos e despesas operacionais da Techfin de R$ 24 milhões a R$ 30 milhões no terceiro trimestre.

Engie

A ação EGIE3 recuou 4,42%, a R$ 41,35, na esteira do resultado do período de abril a junho, que mostrou lucro líquido de R$ 733 milhões, enquanto o Ebitda somou R$ 1,71 bilhão. A companhia também aprovou dividendos intercalares de R$ 767,2 milhões.

Braskem

BRKM5 fechou em queda de 1,93%, a R$ 23,39, na esteira de um prejuízo líquido de R$ 771 milhões para o segundo trimestre, uma redução ante o resultado negativo de R$ 1,4 bilhão registrado no mesmo período do ano passado, mas com a empresa seguindo a ser pressionada por demanda reduzida. Executivos da companhia afirmaram ver um cenário pior do que o esperado para a petroquímica global no segundo semestre.

Bolsas mundiais

Wall Street

As ações dos Estados Unidos fecharam em baixa nesta quarta-feira, um dia depois de um relatório mostrar que os norte-americanos tomaram mais empréstimos do que nunca em seus cartões de crédito no último trimestre, e um dia antes de dados da inflação que podem influenciar as decisões do Federal Reserve sobre a taxa de juros.

De acordo com dados preliminares, o S&P 500 perdeu 0,70%, para 4.467,91 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq cedeu 1,17%, para 13.723,96 pontos. Dow Jones caiu 0,53%, para 35.127,57 pontos.

Europa

As ações europeias atingiram o maior nível em uma semana nesta quarta-feira com o impulso das ações de energia e com bancos italianos se recuperando das fortes perdas da sessão anterior depois que o governo do país suavizou sua posição sobre um novo imposto bancário.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,80%, a 7.587,30 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,49%, a 15.852,58 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,72%, a 7.322,04 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 1,31%, a 28.308,09 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,57%, a 9.354,40 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,40%, a 6.059,70 pontos.

Ásia e Oceania

As ações da China ampliaram as perdas nesta quarta-feira, com os mercados aguardando mais medidas de estímulo para reavivar os gastos.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,53%, a 32.204 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,32%, a 19.246 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,49%, a 3.244 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,31%, a 3.967 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 1,21%, a 2.605 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,04%, a 16.870 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES não teve operações.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,37%, a 7.338 pontos.

(* com informações da Reuters)

Este conteúdo é de cunho jornalístico e informativo e não deve ser considerado como oferta, recomendação ou orientação de compra ou venda de ativos.

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