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Finanças

Ibovespa fecha em queda e acumula perda de 2,3% na semana; dólar recua

Semana foi marcada por decisões de política monetária no Brasil e nos EUA e alerta do Fed sobre inflação.

 O Ibovespa fechou perto da estabilidade nesta sexta-feira (22), em movimento de certa acomodação do índice após queda de mais de 2% na véspera em razão de perspectivas mais duras para a taxa de juros nos Estados Unidos. O dólar, por sua vez, também recuou.

No dia, o Ibovespa caiu 0,12%, aos 116.009 pontos. Com isso, o indicador acumulou perda de 2,31% na semana. Já o dólar recuou 0,02%, a R$ 4,9324, acumulando alta de 1,27% na semana.

“Essa abertura positiva para o real é oriunda do bom momento da China, onde o minério de ferro nessa madrugada subiu… muito pelas expectativas de que os estímulos da China e a reposição de estoques nas siderúrgicas impulsionarão a demanda pelo minério”, explicou Márcio Riauba, gerente da mesa de operações da StoneX.

Caminhão em mina de minério de ferro na Austrália (Foto: Reuters)
Caminhão em mina de minério de ferro na Austrália (Foto: Reuters)

“Isso é positivo, ajuda na recuperação das moedas emergentes – que também é o caso do real – depois da visão mais ‘hawkish’ (dura contra a inflação) pelo Fed, que deixou praticamente certo um aumento de juros ainda este ano, e indicou que os juros deverão ficar mais altos por um período prolongado”, completou ele.

Na quarta-feira, o banco central norte-americano manteve sua taxa de juros, como esperado, mas indicou que provavelmente aumentará os custos do empréstimos ao menos mais uma vez este ano. O banco central ainda revisou para cima suas projeções para o patamar de juros ao longo de 2024, com alertas de que a batalha contra a inflação está longe de encerrada.

A perspectiva de juros mais altos nos EUA costuma impulsionar o dólar globalmente, uma vez que implica retornos mais atraentes dos títulos do governo norte-americano, que são extremamente seguros.

“Nós devemos ver ao longo desse curto prazo uma grande saída de volume de dólar”, previu Riauba, ainda citando o cenário de juros mais altos nos EUA por mais tempo.

No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central cortou nesta semana a Selic em 0,5 ponto percentual, para 12,75% ao ano, e sinalizou que manterá o ritmo de cortes.

Embora a ocorrência de reduções na Selic simultaneamente à manutenção de uma política monetária apertada pelo Fed signifique a redução do diferencial de juros entre Brasil e EUA -cenário ruim para o real -, muitos participantes do mercado têm ponderado que os juros domésticos seguirão em patamar restritivo mesmo com o início do afrouxamento pelo Copom, de forma que o impacto na moeda brasileira será limitado.

Bolsas mundiais

Wall Street

Wall Street oscilou nesta sexta-feira e fechou em queda após uma semana tumultuada em que os rendimentos dos Treasuries atingiram os maiores níveis em 16 anos, enquanto investidores digeriam as revisões agressivas contra a inflação das perspectivas econômicas do Federal Reserve.

O Dow Jones caiu 0,31%, para 33.963,84 pontos. O S&P 500 perdeu 0,23%, para 4.320,06 pontos. O índice de tecnologia ​​Nasdaq teve variação negativa de 0,09%, para 13.211,81 pontos.

Europa

O nervosismo sobre uma recessão econômica na zona euro persistia depois de dados preliminares terem mostrado uma contração na atividade econômica na França e na Alemanha, enquanto uma leitura do bloco mais amplo mostrou que a economia continental deverá contrair-se neste trimestre e não regressará ao crescimento tão cedo.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times teve variação positiva de 0,07%, a 7.683,91 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX teve variação negativa de 0,09%, a 15.557,29 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,40%, a 7.184,82 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,46%, a 28.575,90 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,49%, a 9.502,00 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 teve variação negativa de 0,09%, a 6.168,59 pontos.

Ásia e Oceania

As ações da China tiveram seu melhor dia em oito semanas nesta sexta-feira, saindo de mínimas de 10 meses diante da expectativa de melhora no crescimento, mas sete semanas consecutivas de vendas líquidas estrangeiras ressaltaram as preocupações econômicas e geopolíticas persistentes em relação ao país.

“Houve medidas de suporte significativas (na China) nas últimas semanas nos setores imobiliário e financeiro”, disse Kelly Chung, diretora de investimentos da Value Partners, acrescentando que a gestora de ativos espera que a recuperação ganhe força no quarto trimestre.

Entretanto, os estrangeiros foram vendedores líquidos de ações da China continental por meio do esquema Connect por sete semanas consecutivas, refletindo preocupações persistentes sobre a saúde econômica da China e as tensões de Pequim com o Ocidente.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,52%, a 32.402 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 2,28%, a 18.057 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 1,55%, a 3.132 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 1,81%, a 3.738 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,27%, a 2.508 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,17%, a 16.344 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,06%, a 3.204 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,05%, a 7.068 pontos.

(*com informações da Reuters)

Este conteúdo é de cunho jornalístico e informativo e não deve ser considerado como oferta, recomendação ou orientação de compra ou venda de ativos.

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