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Finanças

Ibovespa recua e dólar fecha estável, de olho em sinais sobre juros nos EUA

Mercado repercute dados do mercado de trabalho norte-americano e aguarda resultado de inflação.

O Ibovespa recuou nesta sexta-feira (8) e terminou a semana em baixa, enquanto o dólar teve dia estável frente ao real, mas acumulou alta semanal. A sessão foi de volumes reduzidos na volta do feriado do Dia da Independência, conforme o mercado aguarda dados de inflação dos Estados Unidos da semana que vem antes da decisão de política monetária do Federal Reserve de setembro.

O Ibovespa fechou em queda de 0,85%, aos 115.313 pontos, e na semana recuou 2,19%. Já o dólar terminou o dia em queda de 0,01%, a R$ 4,9822, subindo 0,85%.

B3, novembro de 2021. (Foto: Patricia Monteiro/Bloomberg)
B3, novembro de 2021. (Foto: Patricia Monteiro/Bloomberg)

Na véspera, quando não houve negociação na B3 em razão do Dia da Independência, o MSCI Brazil, principal ETF brasileiro negociado em Nova York e uma relevante referência global para as ações brasileiras, caiu 1,95%. As bolsas norte-americanas também recuaram ainda afetadas por notícias da Apple.

O dia começou com leve queda do índice do dólar frente a várias moedas fortes, com ajuste depois de um pregão ruim para o apetite por risco global no dia anterior, quando dados mostraram forte queda nos pedidos de auxílio desemprego nos EUA, sinal de resiliência do mercado de trabalho que tende a favorecer a perspectiva de juros altos por mais tempo por lá.

A atenção dos investidores fica agora voltada para dados de inflação dos Estados Unidos na semana que vem, que podem oferecer pistas sobre o tom do comunicado da reunião de política monetária do Federal Reserve de 19 e 20 de setembro.

Há praticamente consenso no mercado de que o Fed deixará os juros inalterados neste mês, mas operadores ainda estão em dúvida sobre os próximos passos do banco central norte-americano.

Juros mais elevados nos EUA para combater a inflação tendem a impulsionar os rendimentos dos Treasuries e, consequentemente, manter o dólar em patamares fortes a nível global, conforme investidores migram seus investimentos em renda fixa para a maior economia do mundo.

Destaques da B3

 A Vale (VALE3) recuou 1,9%, a R$ 66,71, em dia de declínio dos futuros do minério de ferro na China após o planejador estatal do país asiático se comprometer a intensificar a supervisão regulatória do mercado. O contrato mais negociado na Bolsa de Commodities de Dalian encerrou as negociações do dia com queda de 2,1%, a 827,50 iuanes (US$ 112,61) por tonelada. Na véspera, o ADRs da Vale fecharam em baixa de mais de 3%.

A ação preferencial da Petrobras (PETR4) terminou em queda de 0,36%, a R$ 33,40, em meio a ajustes ao desempenho (-2,23%) de seu ADR na quinta-feira e após renovar máximas históricas na semana, embora os preços do petróleo tenham subido no mercado internacional, com o Brent avançando 0,81%. A Petrobras também informou nesta sexta-feira que suas refinarias atingiram em agosto um novo recorde de utilização de capacidade, alcançando o patamar de 97,3%, melhor resultado desde dezembro de 2014.

Itaú (ITUB4) subiu 0,15%, a R$ 26,77, e Bradesco (BBDC4) fechou estável, a R$ 14,38, experimentando uma trégua na pressão vendedora vista nos últimos pregões dado o desconforto de investidores com potenciais reflexos no setor de medidas recentes do governo federal, incluindo projetos para acabar com o mecanismo de juros sobre capital próprio e limitar as taxas de juros cobrados no crédito rotativo dos cartões. Na semana, porém, os papeis dos bancos recuaram 3,18% e 3,95%, respectivamente.

Suzano (SUZB3) encerrou com declínio de 2,13%, a R$ 48,80, tendo no radar relatório de analistas do Morgan Stanley reduzindo a recomendação dos papéis da fabricante de celulose para “equal-weight”, mas mantendo o preço-alvo de R$ 53.

Bolsas mundiais

Wall Street

O S&P 500 fechou levemente em alta nesta sexta-feira, com negociações instáveis no final da sessão e os três principais índices de Wall Street registraram quedas semanais.

De acordo com dados preliminares, o S&P 500 ganhou 0,15%, para 4.457,62 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq avançou 0,09%, para 13.761,53 pontos. O Dow Jones subiu 0,23%, para 34.579,26 pontos.

Europa

As ações europeias registraram perdas semanais nesta sexta-feira, apesar de terem subido mais cedo, com investidores preocupados com a deterioração das perspectivas para a economia da região e com a trajetória da taxa de juros dos EUA, enquanto o foco muda para a ação do Banco Central Europeu (BCE) na próxima semana.

O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em alta de 0,22%, a 454,66 pontos, e encerrou uma sequência de sete dias de perdas, mas recuou 0,8% na semana.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,49%, a 7.478,19 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,14%, a 15.740,30 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,62%, a 7.240,77 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,28%, a 28.233,20 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,59%, a 9.364,60 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 1,08%, a 6.130,01 pontos.

Ásia e Oceania

As ações da China fecharam em queda nesta sexta-feira, com o otimismo dos investidores em relação à segunda maior economia do mundo diminuindo após a política de estímulo das autoridades, enquanto o enfraquecimento do iuan pressionou ainda mais o mercado acionário.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 1,16%, a 32.606 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG não teve operações.
  • Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,18%, a 3.116 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,49%, a 3.739 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,02%, a 2.547 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,26%, a 16.576 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,58%, a 3.207 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,20%, a 7.156 pontos.

(*com informações da Reuters)

Este conteúdo é de cunho jornalístico e informativo e não deve ser considerado como oferta, recomendação ou orientação de compra ou venda de ativos.

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