O dólar se fortaleceu na comparação com rivais fortes e emergentes, nesta quinta-feira, 11, enquanto investidores buscam na segurança da divisa americana uma proteção contra as robustas perdas registradas nos mercados de ativos de risco, como o de ações, em um cenário de aversão ao risco. Temores sobre uma nova onda de casos de coronavírus deram o tom dos negócios hoje.
No fim da tarde em Nova York, o dólar registrava leve baixa a 106,86 ienes, enquanto o euro cedia a US$ 1,1311 e a libra recuava a US$ 1,2500. O índice DXY, que mede a variação da moeda dos Estados Unidos frente a uma cesta de seis rivais fortes, avançou 0,84%, a 96,769 pontos.
“Os investidores procuraram segurança no dólar, elevando o dólar contra todas as principais moedas, com exceção de outros refúgios seguros como o iene japonês e o franco suíço”, explica a diretora de câmbio da BK Asset Management, Kathy Lien, que atribuiu o movimento a medo de que haja um ressurgimento da pandemia de covid-19 .
O Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos EUA informou que o número de diagnósticos da doença avançou pouco mais de 20 mil de ontem para hoje, mais que o aumento de cerca de 17 mil na atualização anterior. Preocupações com o aumento do número de infecções e uma segunda onda de covid-19 contribuíram para o recuo de hoje em ativos de risco”, explicou o BBH.
Segundo o analista Joe Manimbo, da Western Union, o dólar também foi impulsionado pelos novos dados de auxílio-desemprego, que somaram 1,5 milhão na semana passada. “Os dados foram consistentes com um quadro de longo caminho para a recuperação da maior economia do mundo e com taxas de juros fixadas em recordes mínimos nos próximos anos”, explicou.
Moedas ligadas a commodities também se enfraqueceram, pressionadas pela forte queda nas cotações do petróleo, que reagiram ao quadro de cautela. O dólar subiu a 22,7277 pesos mexicanos, 1,3619 dólares canadenses e 10,824 coroas norueguesas.