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Finanças

Fala de CEO da Petrobras faz estatal despencar em bolsa

Os papeis PETR3 e PETR4 registraram forte queda no pregão da quarta-feira (28).

Uma fala de Jean Paul Prates, CEO da Petrobras, fez as ações da estatal despencarem mais de 6% no pregão de véspera. Foram perdidos R$ 30 bilhões em valor de mercado em um único dia. Isso porque o executivo falou à Bloomberg que a petroleira seria mais cautelosa no pagamento de dividendos extraordinários uma vez que busca se tornar uma potência em energia renovável.

Isso porque a companhia projeta que metade de suas receitas sejam provenientes de energia eólica, solar e fontes renováveis na próxima década. Para isso, aquisições estão no radar.

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, durante coletiva de imprensa, em março de 2023. (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, durante coletiva de imprensa, em março de 2023. (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

A questão é que seguido da frase de que o conselho da petroleira seria cauteloso [quanto aos dividendos, Prates disse que os acionistas entenderiam. Só que não.

Analistas e agentes do mercado estavam comprados no fato de a Petrobras poder vir a recompensar investidores com bilhões de dólares em dividendos extraordinários após a divulgação de resultados em 7 de março. Goldman Sachs foi um dos que apontou para esse ponto.

O desempenho dos papeis

As ações preferenciais fecharam em queda de 5,16%, a R$ 40,43 na véspera, enquanto as ações ordinárias cederam 5,39%, a R$ 41,60, equivalente a uma perda de quase 30 bilhões de reais em valor de mercado.

No call de fechamento da bolsa brasileira, a Petrobras informou que não há qualquer decisão tomada em relação à distribuição de dividendos ainda não declarados.

A companhia acrescentou que as decisões da alta administração sobre dividendos, que inclui a proposta de destinação do resultado, a ser submetida à aprovação de assembleia geral ordinária em 25 de abril, serão tomadas com base em sua nova política de remuneração.

As ações da companhia têm renovado máximas históricas, em boa parte apoiadas nas expectativas sobre a remuneração aos acionistas.

Com Reuters

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