O fundo avaliou que, num mundo que demanda “novos equilíbrios”, o Brasil se beneficia no curto prazo da valorização dos preços das commodities e do ciclo mais adiantado de aumento de juros, mas em meio a incertezas fiscais.
“Um cenário que tem se mostrado mais complexo para ações, apesar dos ‘valuations’ (avaliações) atrativos, e tem beneficiado a moeda dado o enorme diferencial de taxas de juros”, disse o fundo no documento.
O dólar à vista caiu 3,83%, em termos nominais, em maio — real apreciou 3,98%, com a moeda brasileira em seu melhor desempenho para o mês em 13 anos. O Ibovespa, principal índice das ações brasileiras, ganhou 3,22% no mês passado.
Na parcial de junho, a taxa de câmbio perde 2,33% –dólar sobe 2,39%, para cerca de R$ 4,87–, e o Ibovespa cede 1,72%.
Fundo Verde reduz posição em juros dos EUA e Europa
Em maio, o Verde — que atua nos mercados brasileiro e internacional de ações, renda fixa e moedas — novamente reduziu posições tomadas (apostando na alta) em juro nos EUA e também na Europa. O fundo segue comprado em inflação implícita no Brasil e em petróleo via opções, enquanto as alocações de bolsa estão concentradas em ações domésticas.
O fundo destacou a mudança no processo de reprecificação das taxas de juros globais ao longo de maio, que deixou de ser dominado apenas pela inflação e passou a ter a desaceleração do crescimento como um aspecto mais relevante, e considerou que o ajuste para níveis mais baixos de atividade e taxas de juros mais altas “está só no início”.
“Tal dinâmica fica ainda mais complicada quando adicionados o choque nos preços de energia e também a quebra da sincronia de um dos grandes motores globais – a economia chinesa – por conta da política de zero Covid”, disse o Verde, finalizando que essa busca por “novos equilíbrios” deve durar “algum tempo ainda” e demandará uma postura dinâmica na gestão do portfólio.