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Finanças

Ibovespa fecha em alta, ainda na expectativa de eleições; dólar sobe

Índice operou na contramão de bolsas do exterior, com investidores tendo cenário político no radar.

O Ibovespa encerrou em alta nesta quinta-feira (6), tendo as ações de empresas de educação entre os principais destaques, enquanto agentes financeiros continuaram monitorando o noticiário relacionado ao segundo turno da eleição presidencial no país. O dólar também apresentou desempenho positivo.

No dia, o Ibovespa avançou 0,31%, aos 117.560 pontos. Já o dólar avançou 0,49%, negociado a R$ 5,2094.

A alta do dólar veio após operar sem direção clara durante boa parte das negociações, com um rali internacional da moeda em meio aos temores de aperto monetário sendo compensado, em parte, pela remanescência de algum otimismo no ambiente doméstico após o primeiro turno das eleições presidenciais e pela extensão dos ganhos do Ibovespa.

Cenário local

Na véspera, pesquisa Ipec mostrou Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 51% das intenções de voto para o segundo turno contra 43% de Jair Bolsonaro (PL). A sondagem revelou ainda que 92% dos eleitores está com o voto totalmente decidido.

Nesta quinta-feira, levantamento PoderData apontou Lula com 48% das intenções de voto contra 44% de Bolsonaro. Confira as pesquisas eleitorais da semana.

Também nesta quinta os economistas Armínio Fraga, Edmar Bacha, Pedro Malan e Persio Arida divulgaram nota declarando voto no ex-presidente Lula, afirmando que a expectativa deles é de condução responsável da economia.

Em relatório a clientes, a XP Investimentos destacou que o fluxo de investimento de capital estrangeiro na bolsa paulista voltou a subir, após o resultado o primeiro turno das eleições, que mostrou um cenário mais apertado do que o esperado.

“Ficou mais visível os acenos mais ao centro por parte dos dois candidatos à presidência – na tentativa de atrair o eleitor de centro e ainda indeciso – o que foi recebido positivamente pelos investidores”, afirmou.

Nos dois primeiros pregões de outubro, o saldo de capital externo no mercado secundário de ações brasileiro está positivo em R$ 3,7 bilhões, conforme os dados mais recentes disponibilizados pela B3.

“Daqui para frente, o mercado doméstico deve continuar de olho nas movimentações dos candidatos, e principalmente em qualquer sinalização sobre a agenda econômica de cada governo.”

A pauta macroeconômica no Brasil, por sua vez, mostrou que a queda do IGP-DI se intensificou a 1,22% em setembro, depois de um recuo de 0,55% no mês anterior.

Juros nos EUA

No cenário externo, investidores ficaram à espera do relatório de criação de vagas de emprego fora do setor agrícola dos Estados Unidos, conhecido como “payroll“, mais uma vez em busca de pistas sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed) na definição da política de juros nos Estados Unidos.

“O ‘payroll’, junto com os dados de inflação, será determinante para o mercado precificar o que deve acontecer na próxima reunião do banco central americano no mês de novembro”, disse o estrategista.

A expectativa em pesquisa da Reuters é de que os EUA criaram 250 mil vagas de emprego fora do setor agrícola em setembro. Um dado mais forte do que isso jogaria a favor de um aperto monetário agressivo (ou seja, alta de juros mais intensa) por parte do Fed, que está tentando esfriar a economia de forma a conter a inflação mais alta em décadas. O banco central dos EUA já subiu sua taxa de juros em 3 pontos percentuais desde março deste ano.

Investidores temem que altas muito intensas nos juros nas principais economias leve a uma recessão global, o que tem aumentado a demanda por ativos seguros, como o dólar.

“Investidores continuam monitorando os dados econômicos para ver se a inflação está esfriando ou se os aumentos das taxas do Federal Reserve (Fed) estão empurrando a economia americana para mais perto de uma recessão”, disse a Avenue em nota a clientes.

Bolsas Mundiais

Wall Street

Os principais índices de Wall Street fecharam em baixa nesta quinta-feira, conforme aumentaram preocupações, antes da divulgação de importantes dados de emprego nos EUA.

De acordo com dados preliminares, o S&P 500 perdeu 1,03%, para 3.744,34 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuou 0,68%, para 11.074,93 pontos. O Dow Jones caiu 1,15%, para 29.924,83 pontos.

Europa

As ações europeias caíram nesta quinta-feira, depois que a ata da última reunião do Banco Central Europeu alimentou temores sobre o estado da inflação na região e medidas agressivas de política monetária para domá-la, enquanto dados fracos de vendas no varejo aumentaram o nervosismo em torno de uma desaceleração econômica.

  • Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,37%, a 12.470,78 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,82%, a 5.936,42 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 1,03%, a 21.140,55 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,91%, a 7.511,10 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,68%, a 5.407,18 pontos.

Ásia e Pacífico

Telão em Xangai mostra flutuações dos mercados acionários 06/01/2021 REUTERS/Aly Song

As ações asiáticas subiram em sua maioria nesta quinta-feira à medida que o dólar oscilava antes de dados de emprego nos Estados Unidos.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,70%, a 27.311 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,42%, a 18.012 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC permaneceu fechado.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, não teve operações.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 1,02%, a 2.237 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,66%, a 13.892 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,05%, a 3.151 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,03%, a 6.817 pontos.

*Com informações da Reuters.

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