O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, encerrou em alta nesta sexta-feira (9), dia de divulgação de dados do IPCA de novembro e do anúncio dos nomes que irão conduzir alguns ministérios, incluindo o da Fazenda, pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O dólar, por sua vez, também avançou.
No dia, o Ibovespa fechou em alta de 0,25%, aos 107.520 pontos. Já o dólar subiu 0,56%, negociado a R$ 5,2450. No acumulado da semana, o indicador fechou em queda de 3,94%, e a moeda norte-americana com avanço de 0,57%.
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Ministros do governo de Lula
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou nesta sexta-feira os primeiros nomes de ministros do novo governo, que tomarão posse em 1º de janeiro.
Entre os confirmados, está o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, à frente do Ministério da Fazenda; o ex-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), José Múcio Monteiro, no comando da Defesa, e o ex-chanceler, Mauro Vieira, voltando a chefiar a pasta de Relações Exteriores.
O presidente eleito anunciou também que o ex-governador do Maranhão Flávio Dino será o seu ministro da Justiça e que o atual governador da Bahia, Rui Costa, será chefe da Casa Civil da futura gestão.
Para Ricardo Jorge, especialista em investimentos e sócio da Quantzed, Haddad já era um nome conhecido e esperado, “inclusive, o mercado já vinha precificando essa possibilidade há muito tempo”.
Ele acrescenta que acredita que a nomeação do ex-prefeito de São Paulo para a condução do Ministério da Fazenda não tenha relação direta com a performance dos ativos nesta manhã, mas sim com o IPCA divulgado.
“Acredito que essa nomeação tem um viés muito mais político do que técnico para tocar o ministério. A única explicação que vejo para essa nomeação é o Lula ter o caminho livre para opinar sobre as decisões do Ministério da Fazenda e, por essa razão, o mercado sabe que isso vai acontecer e não é uma boa escolha”, pontua o especialista.
Segundo a Ativa, o mercado já precificava o nome de Fernando Haddad que, nos últimos dias, não agradou e, juntamente com a PEC fura-teto, pesaram no mercado.
“Hoje, o Ibovespa abriu em alta e, durante o anuncio, chegou a reduzir a alta, mas agora volta ao patamar de +0,50%. Agora, será importante acompanhar a nomeação da equipe que irá compor a fazenda, juntamente com Haddad, e observar possíveis agendas com o novo ministro participando de eventos e declarações, que também podem trazer volatilidade”.
Inflação no Brasil
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,41% em novembro, após alta de 0,59% no mês anterior, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (9).
No acumulado de 12 meses até novembro, o IPCA teve alta de 5,90%, contra alta 6,47% do mês anterior.
Pesquisa da Reuters apontou que a expectativa de analistas era de alta de 0,53% em novembro, acumulando em 12 meses avanço de 6,01%.
Bolsas mundiais
Wall Street
Os principais índices de Wall Street rondavam a estabilidade nesta sexta-feira, uma vez que um aumento acima do esperado nos preços ao produtor alimentou temores de que o Federal Reserve possa manter os ajustes agressivos nas taxas de juros por mais tempo.
Os preços ao produtor dos Estados Unidos subiram 7,4% no mês passado em uma base anual, mostrou relatório do Departamento do Trabalho, contra expectativas de economistas de alta de 7,2%. O aumento foi, no entanto, inferior aos 8% de outubro.
Por volta de 13h (de Brasília), o índice Dow Jones tinha variação positiva de 0,01%, a 33.783,82 pontos. O S&P 500 subia 0,19%, a 3.970,98 pontos, enquanto o Nasdaq apreciava 0,01%, a 11.083,15 pontos.
Europa
As ações europeias subiram nesta sexta-feira com ganhos dos setores industrial e financeiro diante do otimismo com China, mas preocupações com uma recessão antes de uma série de decisões de bancos centrais pressionaram o índice pan-europeu STOXX 600 para uma perda semanal após sete semanas de ganhos.
O STOXX 600 fechou em alta de 0,84%, a 439,13 pontos, e encerrou uma sequência de cinco dias de perdas devido em grande parte a preocupações sobre uma recessão global iminente devido a aumentos acentuados das taxas de juros pelos bancos centrais.
- Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,06%, a 7.476,63 pontos.
- Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,74%, a 14.370,72 pontos.
- Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,46%, a 6.677,64 pontos.
- Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,29%, a 24.277,49 pontos.
- Em MADRI, o índice Ibex-35 ficou estável, a 8.289,20 pontos.
- Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,11%, a 5.751,82 pontos.
Ásia e Pacífico
As ações da China e de Hong Kong subiram nesta sexta-feira com os investidores apostando em empresas que tendem a ganhar com a mudança das regras contra a Covid, o que impulsionou as ações de consumo e saúde.
As ações do setor imobiliário saltaram com sinais de novo apoio dos bancos estatais chineses, assim como a proposta de reestruturação da incorporadora Sunac China.
“Com a trajetória de reabertura, acreditamos que as ações chinesas terão um desempenho superior nos mercados emergente e global”, disse o Morgan Stanley em uma nota aos clientes na sexta-feira.”
- Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 1,18%, a 27.901 pontos.
- Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 2,32%, a 19.900 pontos.
- Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,30%, a 3.206 pontos.
- O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,99%, a 3.998 pontos.
- Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,76%, a 2.389 pontos.
- Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 1,05%, a 14.705 pontos.
- Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,31%, a 3.245 pontos.
- Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,53%, a 7.213 pontos.
*Com informações da Reuters.
