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Finanças

Ibovespa fecha em alta, próximo dos 120 mil pontos; Cyrela dispara mais de 8%

Moeda norte-americana chegou a operar abaixo de R$ 4,80 nesta quinta (13).

O Ibovespa, principal índice da B3, subiu nesta quinta-feira (13) com o mercado acompanhando movimento visto no exterior em meio à redução de temores sobre o ciclo de aperto monetário do Federal Reserve (Fed), diante de novos dados de inflação dos Estados Unidos. Na bolsa, brasileira, as ações da Cyrela subiram forte em meio à divulgação de dados operacionais.

O Ibovespa subiu 1,37%, aos 119.263,89 pontos, após atingir mínima de 117.668 pontos e máxima de 119.739 pontos. O dólar sofreu queda de 0,57%, a R$ 4,7898. Em três dias, a moeda norte-americana acumulou recuo de 1,90%.

Cenário externo

Nesta quinta-feira (13) foi divulgado o Índice de Preços ao Produtor (IPP) dos Estados Unidos, que subiu 0,1% em junho ante maio, segundo dados com ajustes sazonais publicados nesta quinta-feira pelo Departamento do Trabalho do país. O resultado ficou abaixo da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam avanço de 0,2% do PPI no mês passado.

O núcleo do PPI, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, também aumentou 0,1% na comparação mensal de junho, vindo igualmente abaixo do consenso da FactSet, de ganho de 0,2%.

Um relatório da véspera mostrou que o núcleo da inflação norte-americana ficou em 0,2% em junho, ante expectativa do mercado de 0,3%. O dado principal anual caiu para 3%, depois que atingiu um pico de 9,6% no ano anterior.

Nesse contexto, os futuros das taxa de juros dos Estados Unidos mostravam que os mercados precificavam totalmente outro aumento de taxa de 0,25 ponto percentual pelo Fed no final deste mês, mas as expectativas de novos aumentos diminuíram.

O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu de forma inesperada na semana passada, indicando que o mercado de trabalho continua forte nos Estados Unidos mesmo com a desaceleração do crescimento da criação de empregos.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 12 mil, para 237 mil com ajuste sazonal na semana encerrada em 8 de julho, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. Economistas consultados pela Reuters previam 250 mil reivindicações para a última semana.

Balança comercial da China

As exportações da China caíram no mês passado em seu ritmo mais rápido desde o início da pandemia de covid-19, há três anos, conforme uma economia global em crise pressiona cada vez mais as autoridades chinesas por novas medidas de estímulo.

O ímpeto da recuperação pós-covid da China diminuiu após uma rápida recuperação no primeiro trimestre, com os analistas agora rebaixando suas projeções para a economia para o resto do ano.

As remessas para o exterior da segunda maior economia do mundo caíram 12,4% em junho em relação ao mesmo período do ano anterior, pior do que o esperado, mostraram dados do Departamento de Alfândega da China nesta quinta-feira, após uma queda de 7,5% em maio.

As importações contraíram 6,8%, mais forte do que uma queda esperada de 4,0% e ante 4,5% no mês anterior.

“A desaceleração global na demanda de bens continuará a pesar sobre as exportações”, disse Zichun Huang, economista da Capital Economics para a China, com um provável novo declínio nas exportações antes de chegarem ao fundo do poço no final do ano.

“Mas a boa notícia é que o pior da queda na demanda externa provavelmente já ficou para trás”, acrescentou ela.

Destaques da B3

Confira os destaques da bolsa:

Cyrela (CYRE3) disparou 8,69% enquanto a Even (EVEN3) subiu 1,12%. Já a Tenda (TEND3) caiu 4,75%, após as construtoras divulgarem suas prévias operacionais referentes ao segundo trimestre. Analistas consideraram o aumento de vendas e lançamentos como resultados robustos para as empresas do setor, confirmando a rota de retomada de períodos anteriores.

Vale (VALE3) avançou 2,94%, com os futuros de minério de ferro subindo pela terceira sessão consecutiva nesta quinta-feira na Ásia, após fortes dados de importação de minério de ferro pela China em junho e pelo crescimento do crédito.

Petrobras (PETR4) ganhou 1,58%, acompanhando o viés comprador na bolsa, em dia de oscilação tímida dos preços do petróleo no mercado internacional, onde o contrato Brent subia 0,26 %, a US$ 80,32 o barril.

JBS (JBSS3) subiu 2,77%, ainda embalada pela retomada dos planos de listar suas ações em Nova York. “Uma listagem dupla alinharia melhor a estrutura corporativa da JBS com seus pares globais”, afirmaram analistas do Goldman Sachs na véspera.

Hidrovias do Brasil (HBSA3), que não está no Ibovespa, teve ganhos de 2,31%, após precificar na véspera oferta secundária a R$ 3,40 por ação, com venda de lote adicional de papéis por acionistas diante da demanda de investidores.

Bolsas mundiais

Wall Street

Os principais índices de Wall Street avançaram depois que os dados dos preços ao produtor nos Estados Unidos forneceram mais evidências do arrefecimento da inflação e fomentaram as expectativas de que o Federal Reserve encerrará em breve o seu aperto monetário.

O Dow Jones subiu 0,14%, para 34.395,14 pontos. O S&P 500 registrou alta de 0,85%, a 4.510,04 pontos, enquanto o Nasdaq Composite avançou 1,58%, para 14.138,58 pontos.

*Com Reuters e Estadão Conteúdo.

Este conteúdo é de cunho jornalístico e informativo e não deve ser considerado como oferta, recomendação ou orientação de compra ou venda de ativos.

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