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Finanças

Ibovespa cai pressionado por Vale e dado de inflação nos EUA; dólar fica estável

Pressões inflacionárias reforçaram as expectativas de uma quarta alta de 0,75 ponto percentual na taxa de juros norte-americana.

O Ibovespa fechou em queda nesta quinta-feira (13), pressionado por Vale (VALE3), mas distante da mínima da sessão, beneficiado pela melhora em Wall Street, mesmo após dados mais fortes do que o esperado sobre a inflação norte-americana. O dólar teve uma sessão de reviravoltas e fechou praticamente estável.

No dia, o Ibovespa caiu 0,46%, aos 114.300 pontos. Já o dólar subiu 0,01%, negociado a R$ 5,2720.

Inflação e juros nos EUA

Esta quinta-feira foi marcada por uma piora generalizada no humor internacional na esteira de uma leitura de inflação norte-americana mais alta do que o esperado, que pode forçar o Federal Reserve (Fed) a intensificar o ritmo de seu já agressivo aumento de juros.

O índice de preços ao consumidor subiu 0,4% no mês passado, acelerando a alta depois de avançar 0,1% em agosto, disse o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos nesta quinta-feira. Economistas consultados pela Reuters previam alta de 0,2%.

A surpresa para cima reforçou as expectativas de que o Fed adotará uma quarta alta consecutiva de 0,75 ponto percentual nos juros em sua reunião do próximo mês, à medida que tenta frear a inflação persistentemente alta.

Operadores turbinaram as apostas de que Fed acabará elevando sua taxa básica para uma faixa de 4,75% a 5% até março do próximo ano, acima do que as próprias autoridades do Fed sinalizaram há apenas três semanas.

“Os dados de inflação acima do esperado mostram que o Fed precisará ser duro no ciclo de alta de juros devendo subir os juros em 75 pontos na próxima reunião. Esse cenário faz com que os investidores prefiram migrar seus investimentos para ativos mais seguros como a renda fixa americana, por exemplo. Por isso, hoje também vimos o dólar subir”, explica Idean Alves, sócio e chefe da mesa de operações da Ação Brasil.

Na bolsa, Alvez comenta que “os papéis que mais sofrem hoje são aqueles que têm maior interdependência do dólar diretamente ou indiretamente e que também são impactados pela inflação elevada por mais tempo, que por consequência, representam juros altos com maior custo de dívida”.

Bolsas mundiais

Wall Street

Placa próxima à Bolsa de Valores de Nova York sinaliza Wall Street 17/09/2019 REUTERS/Brendan McDermid

As ações dos Estados Unidos fecharam em forte alta nesta quinta-feira, conforme investidores recuaram de apostas de baixa após um relatório decepcionante de preços ao consumidor e com o suporte técnico ajudando a impulsionar uma recuperação.

De acordo com dados preliminares, o S&P 500 ganhou 2,58%, para 3.669,41 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq avançou 2,18%, para 10.644,40 pontos. O Dow Jones subiu 2,84%, para 30.039,93.

Europa

As ações europeias subiram nesta quinta-feira e se recuperaram de uma mínima em quase dois anos atingida mais cedo na sessão, depois dos dados elevados de inflação nos Estados Unidos. O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em alta de 0,85%, a 389,15 pontos, e encerrou uma sequência de seis dias de perdas depois de oscilar entre territórios positivo e negativo ao longo da sessão. D

“O fato de que (as ações) se recuperaram e de forma tão forte sugere que isso foi mais uma compra técnica, em vez de um movimento impulsionado por fundamentos”, disse Craig Erlam, analista sênior da Oanda.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,35%, a 6.850,27 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 1,51%, a 12.355,58 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 1,04%, a 5.879,19 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 1,56%, a 20.785,82 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 1,21%, a 7.348,80 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 1,23%, a 5.253,96 pontos.

Ásia e Pacífico

As ações da China fecharam em baixa nesta quinta-feira enquanto o mercado de Hong Kong ampliou as perdas, uma vez que o sentimento de aversão risco prevaleceu antes de dados de inflação dos Estados Unidos e do 20º Congresso do Partido Comunista da China.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,60%, a 26.237 pontos.
  • . Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 1,87%, a 16.389 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,30%, a 3.016 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,84%, a 3.752 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 1,80%, a 2.162 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 2,07%, a 12.810 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 1,39%, a 3.040 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,07%, a 6.642 pontos.

*Com informações da Reuters.

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