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Finanças

Dólar fecha em R$ 5,05 e Ibovespa segue em alta, descolando do exterior

Mercado passou o dia acompanhando as tensões entre Rússia e Ucrânia.

Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, a B3, encerrou o pregão em alta nesta terça-feira (22), enquanto o dólar fechou em queda em relação ao real.

No dia, o Ibovespa subiu 1,04%, aos 112.891 pontos. Já o dólar fechou em baixa de 1,09%, a R$ 5,0511. Na mínima do dia, a moeda chegou a R$ 5,0478.

Cenário externo

No exterior, os mercados apresentaram volatilidade enquanto ainda acompanhavam os mais recentes desdobramentos da crise entre Ucrânia e Rússia.

Na segunda-feira, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, reconheceu duas regiões separatistas na Ucrânia como independentes e enviou tropas para lá no que chamou de operação de manutenção da paz.

Depois dessa notícia, os mercados amanheceram bastante avessos ao risco, mas garantias de Putin de que a Rússia continuará a fornecer gás natural ininterruptamente aos mercados mundiais e a abertura à diplomacia com os Estados Unidos e outros países parecia acalmar momentaneamente os nervos dos investidores.

Queda do dólar

Por ora, a crise geopolítica não alterou a dinâmica de rotação de fluxos para mercados emergentes, onde no momento investidores veem avaliações mais atrativas.

O Brasil tem sido destaque na rotação global de fluxos, mas o vizinho Chile – que também ostenta juro mais alto e se beneficia de preços mais altos de commodities – está entre os mercados atraentes do momento.

A preferência por mercados específicos é explicada por uma série de fatores. Em linhas gerais, Índia por algumas contas estaria “esticada” – a rupia perde 0,3% ante o dólar no ano -, enquanto na China há temores de aperto regulatório – apenas para citar alguns exemplos.

Em evento nesta terça, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, referendou essa narrativa ao dizer que a taxa de câmbio brasileira tem sido amparada por uma combinação entre juro mais alto, surpresa benigna do lado fiscal e rotação de ativos, a qual tem gerado entre investidores percepção de que é “importante entrar agora”.

Ele lembrou que as compras de dólares feitas no ano passado por investidores para adequação a uma mudança nas regras de tributação do overhedge também deixaram de pesar sobre o real.

Cenário interno

O noticiário político-econômico de Brasília serviu de pano de fundo positivo ao mercado cambial nesta sessão.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta terça-feira que o Congresso vai tentar manter um ritmo de votações este ano, apesar das eleições, mas não fará nenhum movimento que possa trazer instabilidade econômica, mexer com teto de gastos ou afetar a taxa de câmbio ou o crescimento do país.

Ele afirmou ainda que as Propostas de Emenda à Constituição (PECs) que mexem com a tributação dos combustíveis estão descartadas no momento e o Congresso irá se concentrar na aprovação do PLP 110, que está no Senado.

Destaques da bolsa

Bolsas mundiais

Wall Street

Os principais índices de Wall Street caíram nesta terça-feira, e o S&P 500 confirmou ter ingressado em território de correção, enquanto a crise entre Ucrânia e Rússia manteve investidores nervosos.

O índice S&P 500 fechou em queda de 1,01%, a 4.304,76 pontos. O Dow Jones caiu 1,42%, a 33.596,61 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq Composite recuou 1,23%, a 13.381,52 pontos.

Europa

As ações europeias fecharam perto da estabilidade nesta terça-feira, com ganhos nos papéis de automóveis e viagens sendo compensados pelos riscos geopolíticos, com alguns países ocidentais impondo sanções à Rússia. O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em alta de 0,07%, a 455,12 pontos.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,13%, a 7.494,21 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,26%, a 14.693,00 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,01%, a 6.787,60 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,02%, a 26.043,96 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,05%, a 8.493,20 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,52%, a 5.464,92 pontos.

(*Com informações da Reuters.)

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