Siga nossas redes

Finanças

Ibovespa recua 14% e tem maior queda em 22 anos

Mercado reagiu após Fed anunciar estímulos de US$ 1,5 trilhão

B3 ibovespa e dólar

O principal índice de ações brasileiro, o Ibovespa caiu 14,78%, maior tombo desde 10 de setembro de 1998, quando caiu 15,82% durante a crise da moratória da dívida russa. A bolsa teve leve recuperação após perder quase 20% no começo da tarde e quase entrar no terceiro “circuit breaker” desta quinta-feira. Contudo, o mercado reagiu bem à injeção de US$ 1,5 trilhão do Federal Reserve (Fed) em uma tentativa de acalmar os ânimos.

LEIA MAIS: É o fim do ‘bull market’? 3 respostas sobre o novo ciclo

O Ibovespa encerrou o dia recuando 14,78% aos 72.582 pontos. Na manhã desta quinta-feira (12), logo após a abertura do pregão foi acionado o primeiro “circuit breaker” e o terceiro da semana, após queda de 11%. O mecanismo suspendeu os negócios por 30 minutos. O segundo “circuit breaker” aconteceu horas depois suspendendo as negociações por 1h, após a bolsa cair mais de 15%. Por volta das 14h, o Ibovespa se aproximava do seu terceiro “circuit breaker”, com queda de quase 20%, contudo os estímulos do Fed impediram o acontecimento.

A regra do circuit breaker na B3:

  1. Se o Ibovespa cair acima de 10%, as negociações são suspensas por 30 minutos.
  2. Se o Ibovespa cair acima de 15%, as negociações são suspensas por 1 hora.
  3. Se o Ibovespa cair mais de 20%, as negociações são suspensas pelo resto do dia.

Destaques do Ibovespa

Todas as ações da bolsa fecharam em queda nesta quinta-feira. Entre as ações mais negociadas caíram: os papéis da Vale (VALE3) cotados a R$ 35,35 e queda de 13,23%; as ações da Petrobras (PETR3) negociadas a R$ 12,60, caíram 20,50% e os papéis do Itaú Unibanco (ITUB4) cotados a R$ 23,60 e queda de 9.82%.

Nas maiores baixas do dia estava o setor aéreo, com as ações da GOL (GOLL4) que despencaram 36,29% cotadas a R$ 9,97 ; os papéis da Azul (AZUL4) caíram 32,89% negociados a R$ 20,30; e as ações da empresa de viagens CVC (CVCB3) sofreram queda de 29,11%, cotados a R$ 13,64.

Entre as menores baixas do dia estavam empresas do setor de energia: a Engie Brasil (EGIE3) cujas ações eram negociadas a R$ 43,84 com queda de 3,16% e os papéis da Taesa (TAEE11) cotados a R$ 27,97 e baixa de 5,98%. Também integravam as maiores altas as ações do Pão de Açúcar (PCAR3) que caíram 7,55% cotadas a R$ 57,69.

Tombo do Ibovespa na véspera

Na véspera, o Ibovespa ficou paralisado pelo “circuit breaker” por 30 minutos após cair mais de 10%. Fechou em forte baixa de 7,64%, aos 85.171 pontos. O humor foi piorando à medida que notícias sobre o avanço do vírus eram divulgadas. Na semana, a bolsa acumulou queda de 13,09% até ontem. Já no mês de março, caiu 18,24%.

Desde o fechamento anterior à Quarta-Feira de Cinzas (aos 113.681,42 naquela sexta, 21 de fevereiro), as perdas acumuladas chegam agora a 28.510,29 pontos, refletindo a forte correção após o Carnaval, com o alastramento do coronavírus.

O Ibovespa acumulou até ontem perda de 28,7% em relação a seu nível máximo de fechamento, atingido no dia 24 de janeiro, aos 119.528. Como a queda é maior que 20% em relação ao recorde, o mercado considera que a bolsa brasileira entrou em “bear market” (do inglês, mercado do urso). Na prática, significa dizer que o índice está em tendência de baixa. Entenda o termo.

Abra sua conta! É Grátis

Já comecei o meu cadastro e quero continuar.