A Kalunga, maior varejista de suprimentos para escritórios e de material escolar do país, pediu nesta sexta-feira (4) registro para uma oferta inicial de ações (IPO), à medida que a forte alta das ações nas últimas semanas anima mais empresas brasileiras a buscarem recursos no mercado para apoiar planos de expansão.
A companhia diz no prospecto preliminar que usará os recursos da venda de ações novas para abrir mais lojas, um centro de distribuição no Nordeste do país, reforçar sua estrutura de capital e fortalecer seu negócio de gráfica rápida, com foco no encadernamento e impressão.
Criada em 1972 na capital paulista, a Kalunga tem hoje 222 lojas em 20 estados do país e no Distrito Federal, além de operar em canais digitais.
A transação, que será coordenada por BTG Pactual, Bradesco BBI, XP e UBS-BB, também servirá para que os sócios Paulo Sérgio Menezes Garcia e José Roberto Menezes Garcia vendam participação no negócio.
Apesar do forte crescimento nos últimos anos, em 2020 até setembro a receita líquida da Kalunga, de R$ 1,32 bilhão, foi 16% menor do que um ano antes, devido aos efeitos econômicos da pandemia da covid-19.
O anúncio da Kalunga reforça a reabertura recente das ofertas iniciais de ações no Brasil, na esteira da recuperação do mercado de renda variável, com o Ibovespa marcando nesta sexta-feira a quinta semana consecutiva de ganhos.
Só nesta semana, a Kalunga já é a terceira a pedir registro para IPO, juntando-se à produtora de açúcar e etanol Jalles Machado e à varejista online de artigos para o lar Westwing.