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Metaverso: tecnologia deve alcançar US$ 900 bi até 2030

Os números foram revelados no estudo divulgado pela Bain & Company, segundo o qual cinco campos moldarão a tecnologia.

* ARTIGO

Um recente estudo denominado “Taking the Hyperbole Out of the Metaverse” (“Tirando o Exagero do Metaverso”, em tradução), conduzido pela Bain & Company lança luz sobre o futuro do metaverso revelando que esse segmento tecnológico tem o potencial de alcançar impressionantes US$ 900 bilhões até o ano de 2030.

O relatório da Bain enfatiza que as empresas que se envolverem nas fases iniciais do desenvolvimento do metaverso, ou seja, no “período de latência”, têm grandes chances de se tornarem líderes de um mercado cada vez mais procurado pela geração Z, os novos — futuros — drivers da economia

“O metaverso pode levar de 5 a 10 anos para começar a escalar, com base na evolução de tecnologias análoga”, em tradução (Fonte: Estudo “Taking the Hyperbole Out of the Metaverse”)

Embora o hype em torno do metaverso já tenha passado e os usuários comuns já tenham cansado de games de criptomoedas, o estudo destaca as oportunidades econômicas reais que essa nova forma de interação social emergente apresenta, principalmente para empresas, marcas e negócios. 

O metaverso está longe de ser uma plataforma única e ser útil apenas para o mundo game: ele é um conceito plural, com aplicativos tanto para consumidores quanto para empresas, tornando-se cada vez mais imersivos e colaborativos.

Ainda que não esteja claro como o cenário competitivo mudará, cinco campos de batalha tecnológicos moldarão o metaverso:

  1. experiências virtuais,
  2. ferramentas de criação de conteúdo,
  3. lojas de aplicativos e sistemas operacionais,
  4. dispositivos,
  5. além de computação e infraestrutura.

Por dentro dos campos de destaque

Primeiramente, as Lojas de Aplicativos e Sistemas Operacionais, previstas para representar cerca de 10% do tamanho de mercado do metaverso em 2030, desempenharão um papel crucial ao fornecer uma certa curadoria de experiências para que, efetivamente, consigam manter os usuários engajados. 

Em seguida, as Experiências Virtuais devem compor aproximadamente 65% desse mercado. Tais experiências não se limitarão apenas aos jogos, mas também se estenderão para a aptidão imersiva, entretenimento e várias aplicações empresariais, incluindo colaboração, treinamento e saúde.

Mulher usa equipamento para aprender sobre anatomia no metaverso, durante Congresso em Barcelona 27/02/2023 REUTERS/Nacho Doce

Outro campo importante é o das Ferramentas de Criação de Conteúdo. O estudo aponta que o setor deve representar cerca de 5% do mercado “metavérsico”. Com uma variedade crescente de ferramentas de software disponíveis, a inteligência artificial generativa transformará a maneira como o conteúdo é criado, facilitando a criação de avatares e interação digital. 

Em paralelo temos os Dispositivos, que deverão compor por volta de 10% desse mercado em 2030. Em especial, eles enfrentarão desafios tecnológicos significativos, em que será indispensável haver devices autônomos e confortáveis para oferecer experiências verdadeiramente imersivas e intuitivas.

Finalmente, a Computação e Infraestrutura deve representar aproximadamente 10% desse mercado. Conforme pontuado no relatório, empresas de hardware serão pressionadas a desenvolver chips de alto desempenho com tecnologia 5G, servidores e tecnologias subjacentes para trazer gráficos de melhor qualidade e diminuir o delay

Mais que mero entretenimento

O metaverso, conforme delineado pelo estudo da Bain & Company, é uma indústria maior do que muitos imaginam. Por outro lado, para que ele realmente cresça, será necessário haver inovação contínua e adaptação para efetivamente explorar este vasto território digital. 

O desfecho definitivo do metaverso permanece incerto, porém todas as evidências apontam para uma empreitada recompensadora para negócios pacientes que olham para o longo prazo.

Conforme a tecnologia evolui, a diversidade de suas ofertas promete um futuro repleto de possibilidades sociais e econômicas tanto para consumidores quanto para empresas.

*As informações, análises e opiniões contidas neste artigo são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews.

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