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Finanças

Morning Call: após 5 pregões de alta, Ibovespa sinaliza correção, com Selic alta

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje e uma breve análise do índice Bovespa.

Cenário externo e bolsa de valores 

No cenário externo, os mercados financeiros globais operam com mais conservadorismo na manhã desta quinta-feira, com investidores digerindo notícias tranquilizadoras sobre efeitos das vacinas na variante Ômicron, mas ainda incertos sobre as potenciais consequências da cepa, o que certa forma ainda traz um tom de leve cautela. Da agenda desta quinta, destaque para dados de auxílio-desemprego nos EUA, antes da divulgação de números de inflação ao consumidor na sexta-feira e da decisão de política monetária do Fed na próxima semana.

As bolsas chinesas avançaram nesta quinta-feira, após a desaceleração da inflação ao produtor reforçar a perspectiva de mais estímulos monetários para impulsionar o crescimento econômico. O preço ao produtor (PPI) desacelera para 12,9% em novembro, mas supera a expectativa de 12%. O foco também esteve em possíveis inadimplências de dívidas no mercado imobiliário do país, depois de notícias de que o Kaisa Group começou a trabalhar na reestruturação de sua dívida “offshore” no valor de 12 bilhões de dólares e a segunda maior incorporadora imobiliária da China, a Evergrande deixou de pagar pela primeira vez suas dívidas em dólares, o que traz apreensão de que a crise imobiliária contamine outros setores, como o bancário e até mesmo países que possuem forte relação comercial com o gigante asiático. As bolsas europeias operam próximas da estabilidade neste início de pregão, com comentários positivos de fabricantes de vacinas dissipando parte dos temores em torno da variante Ômicron do coronavírus. 

Futuros: Dow Jones (-0,17%), S&P 500 (-0,19%), Nasdaq (-0,21%); Petróleo: Brent a US$ 75,39 (-0,43%); WTI a US$ 72,09 (-0,27%); Ouro: -0,08%, a US$ 1.782,00 a onça-troy na Comex; Treasuries: T-Note de 10 anos a 1,50080 (de 1,52470); Londres (-0,02%) a 7.335 pontos; Frankfurt (+0,08%) a 15.699 pontos; Paris (+0,20%) a 7.026 pontos; Madrid (-0,10%) a 8.469 pontos; Índice Stoxx 600 (+0,13%) a 478,20 pontos.

Cenário no Brasil 

Ontem, após o fechamento da bolsa brasileira, o Copom se referiu à atividade econômica fraca de forma superficial, que chamou de “evolução moderadamente abaixo do esperado”, sem considerar que o PIB em recessão técnica e os indicadores de outubro e novembro (produção industrial, vendas no varejo e etc) apontam para uma desaceleração mais forte, que pode reduzir a pressão inflacionária. Subiu a Selic para 9,25%, como previsto, mas foi além, ao contratar uma nova alta de 1,50 ponto em fevereiro, para 10,75%, elevando o tom da sua mensagem. Os juros futuros devem apresentar ajustes com volatilidade hoje e impactos poderão ser sentidos em ativos de risco, com bolsa de valores. 

Ibovespa

O Ibovespa teve sua quinta alta seguida na quarta-feira, para o maior nível de fechamento desde o fim de outubro, diante de notícia de vacina ligada à variante Ômicron e da promulgação de trechos da PEC dos Precatórios. O IBOV avançou 0,5%, a 108.095,53 pontos, com volume financeiro de R$ 28,6 bilhões. O IBOV segue em uma tendência de baixa no longo prazo ao cruzar abaixo da média móvel de 200 períodos e formar topos e fundos descendentes, além disso, um movimento de queda no curto prazo já foi consolidado, após operar abaixo da média móvel curta (21 períodos) e romper o fundo formado no dia 20 de setembro aos 107.500 pontos. Qualquer movimento positivo neste momento será considerado um repique de alta, dentro da tendência principal de baixa, portanto é necessário mais tempo e mais confirmações para reverter esta tendência.

Indicadores econômicos e eventos
FGV: IGP-M (8h)
FGV: IPC-S Capitais (8h)
EUA: Pedidos de auxílio-desemprego (10h30)
EUA: Estoques no atacado (12h)

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