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Finanças

Morning Call: balanços no radar; IBOV tem resistência nos 120 mil pontos

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje, os destaques de ontem e uma breve análise do índice Bovespa.

Destaques (José Falcão Castro):

Hoje começa o feriado do Ano Novo Lunar, que fecha os mercados na China por uma semana, reduzindo a liquidez com as commodities;

No mercado internacional, tem relatório mensal de petróleo da Opep, enquanto as bolsas de Nova York fazem novos recordes, à espera do pacote de Biden; no pré-mercado, os principais índices avançam, após Jerome Powell sinalizar ontem que juro não sobe antes de 2023 e estímulos prosseguem, mas deu o recado de que política monetária sozinha não resolve a crise, é preciso atuação forte de política fiscal, pressionando o congresso americano;

O índice Dow Jones, que bateu recorde intraday e de fechamento na quarta, futuro sobe 0,26%; S&P 500 avança 0,33%, Nasdaq +0,47%;

Após oito altas seguidas, petróleo faz uma pausa e recua. Relatório divulgado hoje (AIE) reduziu previsão da demanda global em 2021 a 96,4 milhões de BPD, por repiques de covid; Mesmo assim, petróleo Brent/abril se mantém acima de US$ 61 (-0,70%);

Na Europa, que tem bateria de balanços de empresas, o índice Stoxx 600 avança 0,36%, Frankfurt subia 0,55%, AEX de Amsterdã (+0,68%), Londres (+0,16%), Paris (+0,02%), Milão (+0,29%), Lisboa (+0,15%); Madri, exceção, cai 0,19%;

União Europeia revisou a projeções do PIB, com avanço da covid neste começo de ano: cortou projeção de alta do PIB na zona do euro em 2021 de 4,2% para 3,8%; com o choque de estímulos, a projeção da inflação na zona do euro passou de 1,1% para 1,4%, mais próxima da meta de 2%;

Aqui, o investidor monitora os balanços, que incluem BB e Renner, e o volume de serviços em dezembro (9h), após o tombo das vendas no varejo divulgada ontem;

Na Câmara, o Centrão mostrou sua força, ao aprovar, ontem à noite, a autonomia do BC por 339 votos, derrotando todas as emendas da oposição.

Análise Gráfica – IBOV (Hugo Carone):

IBOV: temos o primeiro fechamento diário novamente abaixo da importante média móvel exponencial de 9 períodos. A barreira dos 120 mil pontos continua sendo respeitada como resistência também e com isso o curto prazo começa a complicar um pouco. Vamos ficar de olho na mínima do último pregão, perto dos 118 mil pontos, e se não segurar pode buscar 115 mil pontos. A resistência imediata está nos 119 mil e acima, 120 mil pontos.

Cenário global e bolsa brasileira ontem (Murilo Breder):

As atenções continuam na possibilidade cada vez maior de uma nova prorrogação no auxílio emergencial. A novidade desta vez é o rumor de que o Ministério da Economia já estaria conversando com parlamentares a proposta de liberar uma nova rodada do programa social desde que aprovada em meio a contrapartidas que diminuem a pressão sobre o Orçamento, como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial e a PEC do Pacto Federativo. 

A notícia positiva vem no apagar das luzes com a Câmara aprovando o texto-base do projeto que confere autonomia formal ao Banco Central. Primeiro texto aprovado sob a gestão do novo presidente Arthur Lira, a autonomia do BC é um sinal da disposição do parlamento com a agenda de reformas.

Apesar da notícia positiva com a aprovação do texto-base da autonomia do BC ao fim do dia, o temor com o fiscal com uma possível prorrogação do auxílio fiscal e o recuo dos grandes bancos fizerem o Ibovespa ter sua terceira queda consecutiva ao recuar -0,87%.

Entre os indicadores, as vendas do varejo caíram 6,1% em dezembro na comparação com o mês anterior, segundo o IBGE. A expectativa era de retração de 0,7% no período. No acumulado no ano, o varejo passou de 1,3% em novembro para 1,2% em dezembro, indicando estabilidade no ritmo de vendas. A decepção do mercado ficou evidente com as quedas mais expressivas de Via Varejo (VVAR3, -3,9%) e Magazine Luiza (MGLU3, -3,58%).

Fora do Ibovespa, mas integrante da carteira Small Caps da Easynvest, as ações da Kepler Weber (KEPL3) também merecem destaque ao avançaram +15,7%. O motivo é a saída da Previ (BB Investimentos), até então dona de 17,5% das ações. A saída significa o fim da presença estatal na composição da companhia, o que deve melhorar a governança corporativa e agilidade na gestão.

Indicadores
Brasil:
Balanços de BB, Engie, Cesp, Cosan, Renner, Rumo, Multiplan e Sanepar
IBGE: volume de serviços em dezembro (9h)
EUA:
Balanço da Walt Disney 
Deptº do Trabalho: pedidos de auxílio-desemprego (10h30)
Europa:
Reino Unido: balanço da AstraZeneca
Áustria: relatório mensal de petróleo da Opep 
Ásia:
Feriados mantêm mercados da China e do Japão fechados

* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico. 

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