Morning Call: bolsas caem no início da semana com Super Quarta

Cenário Global e de Bolsa de Valores

A semana começa com os mercados asiáticos em queda e investidores acompanhando as atualizações das autoridades chinesas sobre os novos casos de covid após o porta-voz do governo ter afirmado que Pequim passa por um novo surto de casos. O fato do governo ter a política de covid zero e a expectativa de um aperto monetário pelo Fed contribuíram para o desempenho dessa segunda com Nikkei: -3,01%, Shanghai: -0,89%, Hang Seng: -3,39%, Índia: -2,64%, Taiwan: -2,36% e Coreia do Sul: -3,52%.

Na Europa o clima também é de queda após a declaração de François Villeroy de Galhau, membro do conselho do BCE, que a inflação na zona do Euro está muito disseminada e que isso requer uma elevação de juros graduais, a partir de julho, tendo como base uma taxa neutra entre 1% e 2%.

Nos EUA, a semana será agitada com a decisão do FOMC, equivalente ao nosso Copom, para a taxa de juros do país na quarta feira, 15/06 acompanhada da coletiva de imprensa para atualizar o mercados das visões dos dirigentes do Banco Central. Na semana passada foi divulgado o índice de preços dos EUA, CPI, que registrou alta de 1% em maio superando as expectativas de 0,6% do mercado fazendo com que a inflação fosse a mais alta desde 1981, preocupando ainda mais os investidores fazendo com que o mercado aposte em uma mudança na taxa de juros do intervalo de 0,75% e 1% para 1,25% e 1,50% e grandes chances de terminar o ano de 2022 com o intervalo de 3,25% e 3,50%.

Cenário no Brasil e Ibovespa

Um dos eventos que deve ganhar destaque entre investidores por aqui é a votação hoje, 13/06, do Projeto de Lei Complementar 14/2022 no Senado que discute o limite de 17% de ICMS sobre combustíveis que pode custar R$ 40 bilhões aos cofres da União que seriam contabilizados fora do teto de gastos através de verbas extraordinárias.

O segundo evento para acompanhar na semana é a super quarta, 15/06, que, além de contar com a decisão da taxa de juros pelo FOMC nos EUA, terá a decisão de política monetária da Selic pelo Copom. Mesmo com a divulgação do IPCA de maio abaixo das expectativas (0,47% ante 0,6% de projeção), o mercado tem como consenso uma alta de 0,50 p.p. para a taxa Selic que deve passar dos 12,75% para 13,25% nessa semana. A expectativa de mercado embutida na curva de juros que antes era de mais um aumento de 0,50 p.p. para agosto agora indica duas altas de 0,25 p.p. mas mantendo a Selic terminal em 13,75%.

Na última semana o Ibov acabou sofrendo e não conseguiu se manter acima da média móvel de 200 períodos do gráfico diário. A direção atual indica que pode vir a testar o suporte dos 103.000 pontos onde a média móvel de 200 períodos semanal está localizada.

Indicadores econômicos e eventos