Mercados globais: ficam na espera da ata do Fed até às 15h, na expectativa de que possa conter novidades sobre a política monetária. Apesar dos persistentes receios inflacionários do investidor em Nova York, a maioria dos dirigentes do Fed continuam insistindo que a pressão dos preços é transitória, puxada pelas commodities e matéria-prima. De fato, a história mostra que os grandes ciclos de alta de commodities acontecem após fortes crises, pois costuma ter muitos investimentos para a retomada da economia. Como por exemplo, na primeira e segunda guerra mundial e também no segundo choque do petróleo de 1979 devido à diminuição da produção de petróleo após a Revolução Iraniana.
O dia começa bem negativo nas principais bolsas ao redor do mundo. Na Europa, os mercados operam em queda acentuada, acompanhando o pré-mercado em Nova York, pressionadas pela correção das commodities, como petróleo. As empresas do setor não escapam do movimento negativo; British Petroleum (-1,8% em Londres), Shell (-1,7% em Amsterdã) e BHP (-2,9% em Londres). Conforme comentamos, há um clima de muita cautela por parte dos investidores com o receio da inflação em escala global, que desvaloriza moedas e como remédio amargo causa a elevação dos juros, que por sua vez tira fluxo de recursos dos mercados com impacto em ativos de risco, como mercado de ações e imobiliário. Na zona do euro, o CPI final subiu 1,6% em abril na comparação anual e 0,60% em abril ante março, ambos como previsto. Porém, no Reino Unido, a inflação mais do que dobrou.
Ásia: na China Continental, índice Xangai Composto fecha em queda de 0,51%, aos 3.510,96 pontos; Em Tóquio, índice Nikkei caiu 1,28%, aos 28.044,45 pontos; Bolsas não funcionaram em Hong Kong e Coreia do Sul em função de feriados locais; Europa: índice Stoxx 600 opera em queda de 1,03%, aos 438,48 pontos; NY/Pré-abertura: futuro de Dow Jones cai 0,66%, do S&P 500 -0,84% e do Nasdaq -1,34%; Petróleo tipo Brent para julho opera em queda de 1,70%, para US$ 65,74 o barril; Ouro cai 0,46%, para US$ 1.859,50 a onça-troy.
Brasil: aqui, Brasília continua no foco das atenções da mídia, porém sem impactos na bolsa por enquanto. O dia começa pela votação da MP da Eletrobras e pelo depoimento decisivo de Pazuello na CPI da Covid (9h).
Ibovespa: não conseguiu se segurar aos 123 mil pontos, porém se saiu bem diante do fluxo negativo nas bolsas de NY. O IBOV fechou estável (+0,03%), aos 122.979,96 pontos, com giro de R$ 30,9 bilhões. Novamente as commodities metálicas salvaram o índice de perdas maiores. Após o minério subir 3,06%, CSN ON registrou avanço de 1,65%, com notícia de que aumentará os preços em até 15% nos próximos dois meses em toda a linha. Gerdau PN subiu 1,30%; Vale ON (+1,00%). O noticiário doméstico não trouxe impactos. O Ibovespa segue em tendência de alta no curto e longo prazo, porém consolidar-se acima da resistência dos 122 mil pontos é fundamental para dar continuidade rumo ao topo histórico do dia 8 de janeiro de 2021, aos 125.323 pontos.
Indicadores |
Brasil |
Câmara deve votar MP da Eletrobras |
BC: Fluxo cambial semanal (14h30) |
FGV: Segunda prévia de maio do IGP-M (8h) |
CPI da Covid: Ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello presta depoimento (9h) |
EUA |
Estoques de petróleo da semana até 14/05 (11h30) |
Fed divulga ata da mais recente reunião de política monetária (15h) |
Zona do Euro |
Eurostat: CPI de abril (6h) |