Brasil: após dados do IBC-Br, divulgados pelo Banco Central, que surpreenderam positivamente ontem, as instituições devem fazer revisões para cima das suas projeções do PIB referente ao primeiro trimestre de 2021, o que pode trazer ajustes para o mercado de juros e por consequência mexer com o câmbio e bolsa. Hoje, o presidente do Banco Central Roberto Campos Neto e o diretor de Política Monetária, Bruno Serra, falam em eventos do Bank of America (12h15) e do Credit Suisse (11h) e podem ir além do que já foi dito na ata do Copom, investidores ficam atentos. Na B3, continua a temporada de resultados de empresas e repercutem a divulgação de balanços de ontem, após o fechamento do mercado, com Magalu superando previsões e o último trimestre de Castelo Branco na Petrobras.
Cenário global: no cenário externo, apesar de mais leve hoje, os investidores continuam atentos aos indicadores que podem medir a força e velocidade da recuperação econômica nos EUA, com grande possibilidade de impactar os mercados globais. As vendas do varejo e produção industrial são os destaques de hoje. As bolsas na Europa sobem de forma consistente no início do dia, impulsionadas pelo desempenho do mercado americano ontem e pelas declarações dos integrantes do Federal Reserve, que tentam tranquilizar os investidores quanto às recentes pressões inflacionárias. O discurso ainda é o mesmo, são altas de preços pontuais e transitórias, puxadas por commodities e matéria-prima, e que o Fed não vai mudar sua política monetária expansionista no médio prazo, mas não convence boa parte do mercado e isso é precificado na taxa de juros que se aproximou de 1,7% (T-note de 10 anos) nesta semana, após ter caído abaixo de 1,55% alguns dias atrás.
Bolsas europeias operam em alta, deixando de lado medo da inflação; Bolsa de Frankfurt sobe 0,62%, Londres +0,65%, Paris +0,74% e Madri +0,93%; NY/Pré-Mercado: futuro de Dow Jones sobe 0,45%, do S&P 500 +0,66% e do Nasdaq +1,11%; Yield da T-note de 10 anos cai a 1,63810% (1,65820%); Petróleo: Brent para julho sobe 1,01%, cotado a US$ 67,73 o barril; Ouro para junho valoriza 0,53%, para US$ 1.833,60 a onça-troy.
Ibovespa: seguiu Wall Street ontem, acompanhando a movimentação dos índices americanos, que se tranquilizaram em relação as pressões inflacionárias e fecharam em alta consistente. A bolsa brasileira oscilou entre a mínima de 119.711,29 e a máxima de 121.426,34 , fechando com ganhos de 0,83%, aos 120.705,91 pontos, e giro financeiro de R$ 38,2 bilhões. No noticiário do dia, a CPI da Covid, que ouviu o CEO da Pfizer, Carlos Murillo, e o julgamento do STF sobre modulação de efeitos de ICMS sobre o PIS/Cofins, não impactaram a bolsa. Após a forte correção da véspera (12/05), Ibovespa se recompõe e volta para o nível de 120 mil pontos e vai mantendo a sua tendência de alta no curto e médio prazo. O suporte imediato está em torno de 117.600 e a resistência em 122.000 pontos.
Indicadores |
Brasil |
Balanços de Cogna, Banco ABC Brasil e Ser Educacional, antes da abertura, Cemig, Cosan, CVC e PDG Realty, após o fechamento do mercado |
EUA |
Depto. do Comércio: vendas no varejo em abril (9h30) |
Fed: produção industrial em abril (10h15) |
Universidade de Michigan: índice de sentimento do consumidor preliminar de maio (11h) |
Baker Hughes: poços de petróleo em operação (14h) |