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Finanças

Morning Call: dados de emprego nos EUA são aguardados; Ibovespa ignora o PIB!

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje e uma breve análise do índice Bovespa.

Cenário global e bolsa de valores

Hoje, no cenário externo, o dia começa com os mercados atentos e preocupados com a economia chinesa após dados que confirmam a desaceleração do crescimento, mas é provável que a China aumente os gastos fiscais e disponibilize mais crédito. Os investidores esperam que qualquer medida de afrouxamento monetário de Pequim seja bem direcionada, à medida que o Federal Reserve se prepara para reduzir seu próprio estímulo. Além disso, há expectativa em torno da criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos (payroll) que será divulgado nesta sexta-feira e pode vir abaixo do esperado, depois de dados decepcionantes de criação de vagas no setor privado da ADP, que apontou a abertura de 374 mil empregos em agosto, ante 330 mil em julho, mas longe do consenso de 613 mil. 

As bolsas europeias subiam nesta quinta-feira, puxadas por ações de empresas de viagens e montadoras, mas conforme comentamos anteriormente, dúvidas sobre as perspectivas de política monetária e sinais de desaceleração do crescimento global limitavam ganhos maiores, apesar do índice europeu Stoxx 600 se manter próximo da máxima histórica mostrando que as bolsas europeias estão fortes. O viés estrutural é positivo, mas hoje, os investidores adotam mais cautela antes de dados de empregos dos Estados Unidos, de sexta-feira, que podem influenciar o posicionamento do Federal Reserve sobre o aperto da política monetária americana e que impacta direta e indiretamente as economias globais.

O futuro do S&P 500 subia 0,15%, a 4.528 pontos; O índice pan-europeu STOXX 600 tinha alta de 0,15%, a 473,84 pontos; Em LONDRES, o índice Financial Times recuava 0,10%, a 7.142 pontos; Em FRANKFURT, o índice DAX caía 0,03%, a 15.819 pontos; Em PARIS, o índice CAC-40 .FCHI ganhava 0,03%, a 6.760 pontos; O petróleo tipo Brent em Londres avançava 0,68%, a 72,08 dólares por barril; Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,33%, a 28.543 pontos; Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,24%, a 26.090 pontos; Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,84%, a 3.597 pontos.

Cenário no Brasil

Depois do PIB negativo no segundo trimestre, que traz revisões em baixa para o crescimento, o destaque de hoje é a produção industrial de julho (9h), com previsão de queda. As projeções de inflação sobem, em consequência do tarifaço de energia, e traz mais pressão para o Banco Central no ajuste total da Selic. Isso acaba impactando todas as classes de ativos diretamente, com destaque para ações e fundos imobiliários que perdem fluxo de investimentos. Como de costume no país, o cenário político sempre tem protagonismo e no Senado, o governo teve derrotas ontem à noite com a rejeição da MP trabalhista e a mudança nas regras dos planos de saúde das estatais. Já na Câmara, passou a reforma do Imposto de Renda, com forte apoio da oposição.

Ibovespa

O PIB mais fraco do que o esperado e o ambiente de ruído fiscal não impediram o Ibovespa de subir 0,52% e testar novamente os 119 mil pontos no primeiro pregão de setembro, após dois meses seguidos de perdas, refletindo o quadro externo favorável, além de ajustes de posições tradicionais de começo de mês. O giro ficou na média em R$ 29,7 bilhões. Além do ambiente de negócios positivo de NY, o rali das elétricas com a nova bandeira tarifária da Aneel foi determinante para sustentar o Ibovespa. No acumulado de agosto, o investidor estrangeiro ingressou com R$ 7,35 bilhões; no ano, o saldo é positivo em R$ 47,11 bilhões. Pelo lado vendedor na bolsa brasileira, estão os investidores domésticos, institucionais e pessoas físicas, ajustando suas posições em um cenário de juros em alta. 

Indicadores econômicos e eventos
Fipe: IPC de agosto projeta mediana de 1,42%, na margem (5h)
Zona do euro / Eurostat: PPI de julho e Núcleo do PPI (6h)
FGV: IPC-S Capitais de agosto (8h)
IBGE: Produção Industrial de julho projeta (9h)
EUA / Deptº do Comércio: Balança comercial de julho (9h30)
EUA / Dpto Trabalho: Pedidos de auxílio-desemprego da semana até 28/08 (9h30)
EUA / Depto. do Comércio: encomendas à indústria de julho (11h)
Japão / IHS Markit / Banco Jibun: PMI de serviços de agosto (21h30)
China / Caixin: PMI composto de agosto e PMI de serviços (22h45)

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