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Finanças

Morning Call: IBOV deve digerir hoje a troca de ministros do governo, ontem

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje, os destaques do pregão anterior e uma breve análise do índice Bovespa.

Retrospectiva do fechamento:

Nesta segunda-feira, o Ibovespa fechou em alta, mais uma vez apoiada no desempenho da Vale, que subiu 3,34% no dia 26 (sexta-feira) e avançou mais  2,56% ontem com a alta do minério de ferro no mercado internacional, mas o volume ficou abaixo da média do mês, refletindo cautela com fragilidades fiscais e turbulências políticas no país, além do quadro grave da pandemia. O Ibovespa subiu 0,56%, a 115.418,72 pontos, com volume financeiro de R$ 25,7 bilhões.

Câmbio: 

O dólar à vista fechou em alta, mas devolveu boa parte da alta observada no início da sessão, inclusive a cotação no mercado futuro chegou a cair no fim da tarde. Dentre os motivos para esta acomodação da moeda norte-americana ontem, os investidores avaliaram que as mudanças ministeriais no governo anunciadas nesta segunda-feira, apesar de confusas, podem funcionar como um aceno ao centrão e aos líderes do Congresso, após o recente aumento de conflitos entre os dois Poderes e consequente preocupação com governabilidade. Dólar/Real: +0,49%, a R$ 5,7681.

Mercado hoje:

Brasil: o mercado deve digerir nesta terça-feira a troca de seis ministros pelo presidente Jair Bolsonaro e a escolha da deputada federal Flávia Arruda (PL-DF) para a articulação política. A expectativa no mercado é que as mudanças melhorem a ponte com o Congresso. Ainda na pauta do dia, o ministro da Economia, Paulo Guedes, participa da entrevista de anúncio dos dados de fevereiro do Novo Caged no fim da manhã, enquanto o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, fala em evento virtual organizado pelo Banco Daycoval.

No exterior, as moedas de mercados emergentes rondavam mínimas em três semanas uma vez que preocupações com inflação elevavam os rendimentos dos títulos dos Estados Unidos e o dólar, mas os investidores também passam a se concentrar no programa global de vacinação contra a Covid-19.

Europa: as bolsas europeias abriram em alta, na esperança de aceleração da imunização da população no continente, que pode trazer recuperação econômica de forma mais acelerada, além disso, foram divulgados bons indicadores. Na zona do euro, segundo o Eurostat, o índice de sentimento econômico subiu para 101 pontos em março, ante 93,4 pontos em fevereiro, e a previsão era de 96. A bolsa de Frankfurt sobe 0,75%, Londres +0,44% e Paris +0,71%.

NY: os índices futuros estão pesando para o lado negativo, com investidores cautelosos. O mercado aguarda o índice de confiança do consumidor de março, a ser divulgado pelo Conference Board às 11h. Porém, do lado positivo, aposta-se no mega plano de investimentos em infraestrutura que Joe Biden anunciará amanhã, que pode chegar a US$3 trilhões. Já os yields dos Treasuries estão em forte alta, com temor de como os mega pacotes de apoio a economia podem impactar na inflação; o futuro de Dow Jones sobe 0,30%, S&P 500 cai 0,09% e Nasdaq recua 0,60%. Yield do T-note de 10 anos vai a 1,76530% (1,71350%).

Commodities: Petróleo tipo Brent cai 0,54%, para US$ 64,57 o barril, com liberação do Canal de Suez; Ouro para abril cai 1,07%, cotado a US$ 1.696,30 a onça-troy, com alta dos Treasuries nos EUA; Minério de ferro cai 0,77% em Qingdao, para US$ 166,58.

Ásia: as bolsas asiáticas fecham em alta de olho em recuperação econômica. Em Tóquio, índice Nikkei subiu 0,16%; Hong Kong, o Hang Sang avançou 0,84%; na China, o Xangai Composto valorizou 0,62%.

IBOV: o índice Bovespa segue em um processo de correção no curto prazo, porém ao operar próximo do nível dos 115 mil pontos, interrompe temporariamente o movimento mais forte de baixa e começa a consolidar uma congestão, o que é positivo neste momento. No período mais longo, ainda se preserva acima da média móvel de 200 períodos (linha azul), mantendo portanto, uma tendência de alta no longo prazo.

Abaixo dos 115 mil pontos, devemos ficar atentos aos próximos movimento do IBOV, que poderá buscar o fundo anterior em torno de 109.000 e existem vários motivos para isso ou voltar para a consolidação (movimento lateral) em 115 mil pontos, que seria um sinal de força da bolsa brasileira.

Indicadores:
Brasil
FGV: Indicador de incerteza em março (10h15)
FGV: IGP-M em março (8h)
IBGE: Índice de Preços ao Produtor das indústrias de transformação em fevereiro (9h)
Caged: Geração de emprego formal em fevereiro (10h30)
BC: Roberto Campos Neto participa de evento do Banco Daycoval (14h)
Resultado do Tesouro Nacional de fevereiro (14h30)
Balanços de Banco BMG, Centauro, Enjoei, Priner e Qualicorp, após o fechamento do mercado
EUA
Conference Board: índice de confiança do consumidor de março (11h)
API: Estoques de petróleo e derivados (17h30)
Europa
Zona do euro/Eurostat: Índice de sentimento econômico e sentimento do consumidor de março (6h)
Alemanha/Destatis: CPI preliminar de março (9h)
Ásia
China/NBS: PMI industrial de março (22h)
* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico. 

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