Após os EUA terem divulgado ontem que a inflação em junho subiu ao maior ritmo em quase 13 anos (o CPI avançou 5,4% na base anual), os investidores europeus estão ainda mais cautelosos. Os dados regionais também não agradaram. No Reino Unido, o índice de preços ao consumidor (CPI) teve alta anual de 2,5% em junho e de 0,5% ante maio, ambos acima do consenso (2,2% e 0,2%, respectivamente). E, na zona do euro, a produção industrial caiu 1% em maio ante abril, e o consenso era de -0,1%; e saltou 20,5% na base anual; também abaixo do consenso de +22,4%.
Ásia: na China continental, Xangai Composto fechou em queda de 1,07%, aos 3.528,50 pontos; Em Tóquio, Nikkei caiu 0,38%, para 28.608,49 pontos; Em Hong Kong, Hang Seng recuou 0,63%, aos 27.787,46 pontos; em Seul, Kospi cedeu 0,20%, para 3.264,81 pontos; Europa: bolsas operam em queda com temores sobre inflação e dado regional ruim; índice Stoxx 600 cai 0,26%, aos 459,76 pontos; Bolsa de Frankfurt recua 0,13%, Londres -0,45%, Paris -0,19% e Madri -0,69%; NY/Pré-mercado: Dow Jones cai 0,09%, S&P 500 sobe 0,03% e Nasdaq +0,36%; Petróleo: Brent para setembro recua 0,75%, para US$ 75,92 o barril; e WTI para agosto cai 0,78%, a US$ 74,66 o barril; Ouro para agosto sobe 0,24%, cotado a US$ 1.814,25 a onça-troy; Minério de ferro fecha em ligeira alta de 0,08% em Qingdao, cotado a US$ 218,66 a tonelada.
Brasil: a bolsa brasileira reagiu de forma positiva ontem as mudanças na proposta da reforma tributária e melhorou o clima de mal-estar gerado no final de junho, quando foi divulgada a primeira versão. Hoje, teremos como destaque a entrevista do ministro da economia, Paulo Guedes, na live do Valor (11h), que deve ser acompanhada de perto pelo mercado e que espera abordagens de temas importantes como reformas, situação fiscal, pandemia, juros, inflação e crescimento da economia. Antes, será divulgado o índice de atividade do banco central (IBC-Br), que deve ser um termômetro sobre o ritmo de retomada econômica neste trimestre e dando pistas sobre a dose do Bacen na condução da taxa Selic.
Ibovespa: ontem a bolsa brasileira recuperou os 128 mil pontos no fechamento, encerrando o pregão em alta de 0,45% e com volume financeiro de R$ 27,9 bilhões. A virada do índice veio na divulgação do parecer da reforma tributária, pelo relator Celso Sabino, que manteve a tributação sobre os dividendos, mas reduziu o IR das empresas em 12,5 pp., para 2,5%. Antes, o índice acompanhava NY abatida pelo dado de inflação e chegou a perder os 127 mil pontos, na mínima (126.441,10). Bancos oscilaram, mas ganharam força para virar, Shoppings foram destaque se beneficiando do parecer. Petrobras também encontrou fôlego para virar, acompanhando alta firme do petróleo (em torno de +2%).
O IBOV segue em tendência de alta no longo prazo, porém sinais da correção foram dados e estão em andamento, após encontrar grandes dificuldades de seguir acima dos 130 mil pontos, atual resistência no gráfico e operar abaixo da média móvel curta (21 períodos). O Investidor estrangeiro ingressa com R$ 1,1 bilhão na B3 em 12 de julho, segunda-feira, retirou R$ 107,34 milhões no acumulado de julho; no ano, o saldo é positivo em R$ 47,9 bilhões.
Indicadores |
BC: IBC-BR de maio (9h) |
BC: Fluxo cambial semanal (14h30) |
EUA: Fed divulga Livro Bege (15h) |
EUA: Balanços de BlackRock, Wells Fargo, Bank of America e Citigroup |
EUA/DoE: Estoques de petróleo da semana até 09/07 (11h30) |
EUA: Presidente do Fed, Jerome Powell, apresenta relatório de política monetária (13h) |
EUA/Deptº do Trabalho: PPI de junho e Núcleo do PPI (9h30) |
Zona do euro/Eurostat: produção industrial de maio (6h) |
Canadá: BoC divulga decisão de política monetária (11h) |
Chile: BC divulga decisão de política monetária (19h) |
Turquia: BC divulga decisão de política monetária (8h) |