Morning Call: Itaú divulga lucro acima das expectativas; IBOV travado em 120.000

Brasil: hoje teremos um dia movimentado em Brasília, com o ministro da Economia, Paulo Guedes, em audiência pública e o início da fase de depoimentos da CPI da Covid, com Mandetta (10h) e Teich (14h), além da leitura do relatório da reforma tributária em reunião da Comissão Mista (15h), muito importante para o mercado. Veio acima do esperado o lucro líquido do Itaú no primeiro trimestre, ontem à noite. Hoje sai o Bradesco, depois do fechamento, junto com XP e Pfizer, em NY. A expectativa com bons resultados dos bancos tem sustentado o Ibovespa nos últimos pregões, após Santander também apresentar resultados acima do esperado. Para finalizar, o Copom faz a primeira reunião de política monetária e há expectativa de um comunicado que sinalize aumentos adicionais da taxa Selic, mas para amanhã é amplamente esperado que suba para 3,50%.

O maior banco privado do Brasil, o Itaú Unibanco, divulgou resultado acima do esperado pelo mercado, com redução de provisões para perdas com empréstimos e os ganhos de tesouraria. O lucro líquido recorrente foi de 6,398 bilhões de reais, mais de 11% acima da estimativa de 5,753 bilhões compilada pela Refinitiv e 63,6% acima dos resultados do ano anterior.

As provisões caíram 59,2% em relação ao primeiro trimestre do ano passado, quando o Itaú destinou bilhões de reais para cobrir perdas potenciais decorrentes das medidas de isolamento social. A queda nas provisões indica que o banco acredita que a segunda onda de pandemia que o Brasil atravessa não levará a uma piora na qualidade dos ativos nos próximos meses. O índice de inadimplência em 90 dias manteve-se estável em 2,3%. O retorno sobre o patrimônio líquido subiu a 18,5% de 12,8% um ano atrás. A carteira de credito do Itaú cresceu 4,2% no trimestre, puxada por veículos, crédito imobiliário e empréstimos a grandes empresas.

Cenário Global: as bolsas europeias operam mistas, mas com tendência de alta. Ontem foi feriado em Londres e hoje a bolsa local sobe 0,71%, recuperando os ganhos da segunda-feira nas demais bolsas do continente. Também, o PMI da indústria no Reino Unido subiu para 60,9 em abril, ante consenso de 60,7, segundo maior nível da história. O otimismo vem da aceleração da vacinação e redução de restrições em função do aparente arrefecimento da pandemia.

Europa: índice Stoxx 600 Europe sobe 0,09%, para 440,30 pontos; NY/Pré-Abertura: futuro de Dow Jones sobe 0,03%, do S&P 500 cai 0,09% e do Nasdaq -0,27%; Petróleo tipo Brent para julho sobe 1,89%, para US$ 68,84 o barril; Ouro para junho cai 0,48%, para US$ 1.753,10 a onça-troy.

Ibovespa: fechou a segunda-feira em leve alta, com investidores comprando ações de bancos e de empresas mais capazes de serem beneficiadas pela reabertura da economia e realizando lucros com papéis ligados a commodities, no início de um mês tradicionalmente volátil nos mercados. Travado no nível de 120 mil pontos, o IBOV tem como residência importante os 122 mil pontos. Porém, o índice segue consolidando uma tendência de alta no curto prazo ao deixa para trás uma zona de congestão em torno dos 115 mil pontos. No longo prazo, ao ficar acima da média móvel de 200 períodos (linha azul), o Ibovespa mantém a sua tendência de alta também.