Cenário global e bolsa de valores
Com baixa liquidez nas semanas do Natal e Ano Novo, os mercados seguem cautelosos com a ômicron e seus efeitos sobre a atividade global. O avanço dos casos, que já leva a medidas de restrição em países da Europa, coincide com a guinada hawkish dos bancos centrais e amplia as incertezas.
Mas hoje, no cenário global, o apetite por risco voltava aos poucos conforme surgia um otimismo cauteloso de que o impacto econômico da variante Ômicron do coronavírus sobre as economias em todo o mundo não será tão grave. Infelizmente, momentos de instabilidade vão ser recorrentes daqui para frente à medida que novas variantes aparecerão. Porém, vale destacar que provavelmente não será como no passado recente, pois atualmente temos vacinas e tratamentos em andamento e experiência por parte da sociedade que já sabe melhor o que fazer e que evitará o caos como foi no primeiro semestre de 2020, quando não sabíamos nada sobre o vírus.
O mercado acionário europeu se recuperava nesta terça-feira depois de uma forte queda no pregão anterior, com avanço nas ações de commodities ofuscando as preocupações com a variante Ômicron do coronavírus. As bolsas da China avançaram nesta terça-feira, com os papéis do setor imobiliário liderando os ganhos em meio a crescentes sinais de afrouxamento da política monetária, enquanto as empresas relacionadas ao turismo se recuperaram com o alívio dos temores sobre a variante Ômicron. No Japão, os investidores acompanharam a aprovação do pacote de gastos fiscais para combater os impactos da covid-19 no país. O recurso foca em medidas contra a pandemia, incluindo vacinação de reforço e medicamentos orais.
Futuros: Dow Jones (+0,52%), S&P 500 (+0,56%), Nasdaq (+0,72%); Petróleo: Brent a US$ 71,63 (+0,11%); WTI a US$ 68,94 (+0,33%); Ouro: +2,1% a US$ 1.808,00; Treasuries: T-Note de 10 anos a 1,43880 (de 1,42600).
Cenário no Brasil
Já aqui, o dia começa com um leilão de dólares no spot (9h30). Outros destaques são a arrecadação da Receita em novembro (14h30) e a votação do Orçamento/2022 na CMO (sessão começa às 10h), que não conseguiu ser apreciado, ontem, devido a muitas pendências.
Ibovespa
O principal índice da bolsa brasileira cedeu forte na segunda-feira, acompanhando a queda nos índices acionários globais por temores com os potenciais efeitos da variante Ômicron da Covid-19 na economia. O Ibovespa caiu 2,03%, a 105.019,78 pontos, com volume financeiro de R$ 25 bilhões, abaixo da média de R$ 35 bi. O IBOV segue em uma tendência de baixa no longo prazo ao cruzar abaixo da média móvel de 200 períodos e formar topos e fundos descendentes. Qualquer movimento positivo neste momento será considerado um repique de alta, dentro da tendência principal de baixa, portanto é necessário mais tempo e mais confirmações para reverter esta tendência.
Indicadores econômicos e eventos |
Alemanha – GFK: índice de confiança do consumidor |
BC faz leilão de até US$ 500 milhões no mercado à vista (9h30) |
CMO faz reunião para votar o Orçamento de 2022 (10h00) |
BC oferta até 15 mil contratos de swap (US$ 750 milhões) para rolagem (11h30) |
Comissão Europeia – índice de confiança do consumidor de Dezembro |
Arrecadação federal de novembro (14h30) |
API – Estoques de petróleo (18h30) |
Japão: Ata do BoJ (20h50) |