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Finanças

Morning Call: o que estava ruim ficou ainda pior e o Ibovespa sente forte golpe

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje e uma breve análise do índice Bovespa.

Cenário global e bolsa de valores 

Nos mercados internacionais desta sexta-feira, repercute de forma positiva, na verdade um alívio, a notícia de que a Evergrande evitou o calote formal ao transferir recursos para pagar juros sobre bônus. Com isso, as bolsas europeias operam em alta, puxadas também por indicadores melhores que o esperado na região, o que sustenta alta do euro e da libra. Hoje, novas falas de membros do Fed e inflação ao produtor nos EUA são monitoradas, além da temporada de balanços corporativos que neste momento são considerados uma espécie de termômetro para as economias, pois dão sinais reais, ou não, da recuperação econômica.  

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única na manhã de hoje, com algumas delas sustentadas por relatos de que a Evergrande irá honrar o pagamento da dívida que vence neste final de semana. Em Hong Kong, o Hang Seng avançou +0,42%. A ação local da incorporadora chinesa saltou +4,26%. Desde o início, os investidores têm demonstrado muita apreensão com a possibilidade de que a crise da Evergrande desencadeie riscos sistêmicos na economia da China e, por consequência, mundial.

Futuros: Dow Jones (+0,03%), S&P 500 (-0,07%), Nasdaq (-0,35%); Petróleo: Brent a US$ 85,00 (+0,46%); Ouro: +0,63%, a US$ 1.793,20 a onça-troy na Comex; Treasuries: T-note de 10 anos a 1,68740 (de 1,70030); Londres (+0,36%) a 7.215.94; Frankfurt (+0,57%) a 15.560,83; Paris (+1,02%) a 6.754,04; Madrid (-0,03%) a 8.941,70.

Cenário no Brasil 

Os mercados financeiros brasileiros ainda devem mostrar cautela nesta sexta-feira, depois das fortes quedas dos últimos dias, que levou o dólar para perto de 5,70 reais, fez disparar os juros futuros e derrubou o Ibovespa à casa dos 107 mil pontos, com investidores nesta sessão devendo repercutir a debandada no Ministério da Economia após a confirmação de que o teto de gastos será rompido. O mercado deve seguir atento com ameaças de greve por parte de caminhoneiros, o que levou o presidente Jair Bolsonaro a anunciar auxílio de 400 reais a cerca de 750 mil caminhoneiros autônomos para compensar o aumento do preço do diesel e o que já estava ruim, ficou ainda pior com o mercado dando uma resposta forte com a deterioração dos preços dos ativos no pregão de ontem. 

Ibovespa

A confirmação de que o governo realmente planeja romper o teto de gastos para financiar seu programa de auxílio social agravou definitivamente as perspectivas econômicas do país e levou o principal índice de ações brasileiras a uma mínima desde novembro de 2020. O Ibovespa caiu 2,75%, a 107.735,01 pontos, com forte volume financeiro, de R$ 43,4 bilhões. O IBOV segue em uma tendência de baixa no longo prazo ao cruzar abaixo da média móvel de 200 períodos e formar topos e fundos descendentes, além disso, um movimento de queda no curto prazo já foi consolidado, após operar abaixo da média móvel curta (21 períodos) e nesta semana romper um importante suporte no nível de 107.500 pontos. 

Indicadores econômicos e eventos
EUA: Balanço de American Express, antes da abertura do mercado
Brasil: Balanço de Hypera, após o fechamento
Rússia: BC divulga decisão de política monetária (7h30)
BC/Setor externo: Conta corrente de setembro (9h30)
EUA/IHS Markit: PMI composto preliminar de outubro (10h45)
BC oferta até 15 mil contratos de swap (US$ 750 milhões), em rolagem (11h30)
África do Sul: Presidente do Fed, Jerome Powell, participa de painel em conferência do Banco de Reserva da África do Sul (12h)
EUA/Baker Hughes: poços e plataformas de petróleo em atividade (14h)

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