Destaques (José Falcão Castro):
Hoje, os índices futuros de Nova York e as bolsas europeias operam majoritariamente em alta no dia da posse de Biden (14h), refletindo também os estímulos prometidos ontem por Janet Yellen, que comandará o Tesouro; há pouco, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, saudou a mudança de comando na Casa Branca;
A divulgação dos balanços corporativos continuam no radar dos investidores e por enquanto estão dentro das expectativas. Antes da abertura, saem balanços de Morgan Stanley e UnitedHealth; após o fechamento, o da United Airlines; Dow Jones futuro avança 0,39%, S&P 500 (+0,66%), Nasdaq (+1,10%);
Mais cedo, a inflação ao consumidor na zona do euro em dezembro na margem subiu 0,3%, em linha com as expectativas;
Frankfurt avança 0,60%, Londres (+0,16%), Paris (+0,57%), Milão, onde governo sobreviveu a moção de censura no Parlamento, sobe 0,70%, Lisboa (+0,08%); Madri, exceção, recua 0,13%;
Petróleo opera em alta, de olho em estímulos e com dólar fraco, tipo brent negociado em Londres sobe 0,79%, cotado a US 56,34 o barril;
Tem Copom aqui, Banco Central anunciará a taxa Selic, que deve ser mantida em 2% (18h30);
Mas o que move os mercados aqui é a pandemia com as notícias sobre as vacinas, em quantidades insuficientes até mesmo para a primeira fase do programa de imunização no País. O mercado cobra de forma mais incisiva que o Brasil se organize no que diz respeito a gestão da pandemia e se o governo não conseguir se reorganizar, melhorar a comunicação e planejamento, somado ao problema fiscal já conhecido, correções mais acentuadas poderão acontecer.
Análise Gráfica – IBOV (Hugo Carone):
Mais um candle fechando abaixo da média móvel exponencial de nove períodos no diário, terceiro seguido, mas ainda sem confirmar o fechamento abaixo da mínima de sexta feira. Sendo assim se mostrar força compradora novamente o movimento visto nas últimas semanas deve continuar. Suporte mais forte estaria na faixa dos 117 mil pontos. Região de resistência continua perto da faixa dos 128 mil pontos.
Cenário global e bolsa brasileira ontem (Murilo Breder):
Na contramão de Wall Street, a terça-feira (19) foi dia de queda no Ibovespa. Enquanto os índices americanos subiram após Janet Yellen, indicada para a Secretaria do Tesouro dos EUA, defender estímulos fiscais, o Ibovespa ficou pressionado pelas ações da Vale (VALE3) e de siderúrgicas depois da desvalorização nas cotações do minério de ferro;
Para além da fala de Yellen e da queda do minério, o dia é de poucas notícias enquanto o mercado segue aguardando os desdobramentos da posse de Biden, marcada para esta quarta-feira (20);
Já o dólar subiu 0,8% e fechou em R$ 5,35 nesta terça-feira, com o real destoando de pares e mostrando o pior desempenho global à medida que investidores ficam receosos sobre possíveis novos estímulos sobretudo após a queda da popularidade de Bolsonaro possivelmente atrelada ao fim do auxílio emergencial;
No cenário corporativo, além do recuo das empresas de commodities, um dos grandes destaques foi a forte queda de -9% da IMC (MEAL3), dona do KFC no Brasil. O motivo foi notificação recebida pela rede de lanchonetes americana KFC por descumprimento de contrato, especificamente em relação às metas e ao prazo de abertura de lojas, afetados, segundo a companhia, pelo cenário de pandemia;
A maior alta do dia ficou com as ações da Duratex (DTEX3). No entanto, apesar da forte alta de +6,5%, não se sabe qual o motivo por trás desta valorização.
Indicadores |
Brasil: |
Fluxo cambial semanal (14h30) |
Copom: Banco Central anuncia Selic, que deve ser mantida em 2% (18h30) |
EUA: |
Antes da abertura, saem balanços de Morgan Stanley e UnitedHealth; após o fechamento, o da United Airlines |
Posse do presidente eleito dos EUA, Joe Biden (14h) |
Estoques de petróleo e derivados (18h30) |
Europa: |
Zona do euro/Eurostat: CPI de dezembro (7h) |
* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico.