Segundo o diretor de engenharia do Google (GOGLE34), até o fim dessa década, as pessoas passarão mais tempo no universo virtual do que no real. E não é difícil acreditar nessa expectativa, já que muitos já passam mais tempo com os rostos voltados a smartphones do que para pessoas.
O tema metaverso vem ganhando atenção logo após a mudança do nome Facebook para Meta somado ao pronunciamento de Marck Zuckerberg sobre sua nova empreitada: a construção de um universo virtual. Este é um universo em nuvem baseado em realidade aumentada. Para o dono do Facebook, as pessoas usariam óculos virtuais para visualizar itens digitais “por cima” do mundo real e “acessar” o metaverso a qualquer momento.
A empresa, inclusive, trabalha em alguns acessórios muito além dos óculos para nos levar para qualquer lugar em um corpo de avatar. Você também poderá estar em dois locais ao mesmo tempo, via holografia.
O que significa que o metaverso poderá englobar o entretenimento, os jogos, shows, cinema, o trabalho, a educação e muito mais. E isso fará com que se desenvolvam novas empresas e tecnologias nesses setores específicos. A Epic Games, desenvolvedora do Fortnite, aposta alto no conceito e colocou algumas ideias em prática: o game já realizou shows virtuais e em abril levantou US$ 1 bilhão em uma rodada de investimentos para financiar “sua visão de longo prazo para o metaverso”.
Isso sugere que o cerne do negócio pode também estar está na criação de interação com empresas, marcas, propriedades virtuais – tudo isso via moedas digitais. A Bloomberg Intelligence calcula que a oportunidade de mercado para o metaverso pode atingir US$ 800 bilhões (cerca de R$ 4,5 trilhões) até 2024. Já o Bank of America incluiu o metaverso na sua lista de 14 tecnologias que revolucionarão a nossa vida.
Inclusive, em seu relatório sobre o tema, o banco aponta haverá uma transformação nos mercados mais tradicionais, como o setor financeiro, bancário, o comércio, a educação, o setor de saúde, fitness, além do entretenimento em geral.
Sendo assim, outra tecnologia entra em cena: o blockchain, que funciona como “livro contábil” digital que computa vários tipos de transações e tem registros espalhados por vários computadores. A tecnologia, que forma a base dos NFTs (“token não fungíveis”, em tradução livre), poderia ser usada para comprovar que uma pessoa é dona de determinado item digital através de vários cenários diferentes do metaverso.
No Cafeína de hoje, Samy Dana e Dony De Nuccio mostram algumas companhias já expostas ao novo universo online e os investimentos ligados ao setor.