O ouro é a cor máxima do esporte e representa o lugar mais alto do pódio em uma competição individual ou por equipe. Muitas vezes, a conquista de uma medalha feito do metal precioso é acompanhada de uma marca recorde do atleta. Mas se sagrar campeão é resultado de dedicação, empenho, dor, suor e lágrimas – entre outros.
São emoções não muito diferentes de quem vive o dia a dia do mercado financeiro. A cada indicador econômico, decisão de juros dos bancos centrais e divulgação de fato relevante, os investidores testam suas próprias tomadas de decisão. Sem falar nos ruídos políticos e nos fatores externos que levam a ajustes na exposição aos ativos de risco.
Foi pensando nas lições de vida de medalhistas olímpicos que o BTG Pactual chamou para o centro do palco de um evento realizado na última semana, na capital paulista, o ex-jogador de vôlei e bicampeão olímpico Serginho Escadinha, e o ex-nadador paralímpico e recordista mundial Daniel Dias.
Lições de vida
A proposta era mostrar como cada momento e as várias histórias criam oportunidades, abrindo um leque de possibilidades, tal qual acontece com os investidores. Por isso, é preciso aproveitar as chances que aparecem e fazer o “plano A” acontecer, sem buscar alternativas nem desvios de rotas.
“É preciso investir naquilo que se acredita, pois não se sabe se vai dar certo”
Daniel Dias, ex-nadador paralímpico e recordista mundial
Nascido com má-formação de seus membros superiores e inferiores, Daniel foi nadando contra todas as adversidades e mergulhou fundo rumo à superação. Apesar das dificuldades, ele manteve o fôlego e acreditou que era possível. Ao final, “a medalha mostra que os sonhos são possíveis”, diz.
Como atleta, ele conquistou 14 medalhas de ouro em Jogos Paralímpicos e é recordista nos Jogos Parapan-americanos e também em campeonatos mundiais. Atualmente, Daniel é empresário e palestrante. Para ele, é o legado deixado como ex-nadador e ter se tornado uma inspiração para outras pessoas que são suas maiores vitórias.
Jogo das estrelas
Longe de qualquer tentativa de comparação, Serginho também enfrentou um obstáculo físico na vida. Com pouco mais de 1,8m de altura, ele não era aceito nos testes para ser jogador de vôlei, pois disputava vagas como atacante com outros candidatos com estatura cerca de 20 centímetros a mais.
As dificuldades socioeconômicas prejudicaram os treinos em lugares distantes de onde morava com os pais. Com o nascimento do primeiro filho e deixando para trás o sonho de jogar bola com as mãos, Serginho foi surpreendido pelo surgimento da posição de líbero. “Você não faz nada e só toma bolada”, resumiu o ex-jogador no evento do BTG.
De fato, o líbero foi introduzido pela Federação Internacional de Voleibol (FIVB) em 1998 e estabeleceu a função de um jogador que atua somente no fundo da quadra e é especializado em recepção e defesa. Portanto, não pode fazer serviço de saque nem concluir uma ação de ataque.
Foi assim que Serginho conseguiu atuar no seu time dos sonhos – à época, o Banespa – e jogar com ídolos daquela geração, como o levantador Maurício Lima, dividindo com eles conquistas memoráveis. Depois do ouro olímpico em Atenas, em 2004, e de duas derrotas nos jogos finais seguintes, ele liderou pelo exemplo rumo à vitória no Rio, em 2016.
“Aprendi a levar valor de uma posição diferente e que não é preciso ser protagonista no processo”
Serginho Escadinha, ex-jogador de vôlei
Com uma trajetória exemplar, o ex-jogador foi eleito o melhor líbero da história do vôlei mundial. Atualmente, Serginho é presidente do Instituto Serginho 10, iniciado em 2019, que atende crianças, adultos e melhor idade em Pirituba, distrito situado na Zona Noroeste de São Paulo.
São essas lições de vida que servem de modelo de garra e superação, tornando-se referência fora das quadras e também das piscinas, movendo outras pessoas a vencer impossíveis e mostrando que não há linha de chegada. Há metas e um sonho grande de fazer sempre mais e melhor.
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