Finanças
Petrobras fecha com forte alta; Braskem, BB, AES e Raízen caem
Raízen (RAIZ4), joint venture entre Shell e Cosan, estreou nesta quinta em alta na B3, mas passou a cair 1,49%, negociada a R$ 7,29.
As ações da Petrobras (PETR3, PETR4), que anunciou na véspera seus resultados do segundo trimestre, além da antecipação do pagamento de dividendos no montante de R$ 31,6 bilhões, encerraram a quinta-feira (5) com forte avanço. A valorização dos papéis da estatal refletiu no Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas da B3, mas que acabou mudando de direção e encerrando o dia em queda. Veja a cotação do Ibovespa hoje. Na contramão da estatal, AES Brasil fechou com desvalorização, assim como a Raízen, que estreou nesta quinta na bolsa. Confira abaixo o sobe e desce das empresas:
Petrobras
As ações preferencias da Petrobras (PETR4) subiram 7,88%, cotadas a R$ 28,35, enquanto as ordinárias (PETR3) avançaram 9,63%, para R$ 29,27. Na bolsa de Nova York, os recibos de ações da empresa encerraram com ganhos de 9,21%, cotados a R$ 11,27
A valorização ocorre após a estatal reverter o prejuízo de R$ 2,713 bilhões contabilizados no segundo trimestre do ano passado e registrar lucro líquido de R$ 42,855 bilhões no mesmo período deste ano.
A companhia informou ainda que “diante dos sólidos resultados apresentados” seu conselho de administração aprovou a antecipação do pagamento de dividendos no montante de R$ 31,6 bilhões. Entenda por que o balanço da Petrobras animou os investidores.
Banco do Brasil
O Banco do Brasil (BBAS3) que chegou a subir mais de 2% no início do pregão, virou e fechou em queda de 1,78%, a R$ 30,85. A instituição informou que seu lucro recorrente atingiu R$ 5,039 bilhões no segundo trimestre, com queda de 49,8% nas provisões para devedores duvidosos na comparação anual. O banco também revisou sua previsão de lucro de 2021, de R$ 19 bilhões para até R$ 20 bilhões.
Em relatório, o Banco Inter manteve o preço-alvo de R$ 40 para os papéis da empresa e recomendação neutra por não enxergar maiores drivers para crescimento, tanto em margens financeiras quanto em serviços e tarifas, já que o movimento atual vem da recuperação da atividade observada no mercado em geral. “No crédito, ainda há pressão nos spreads e nas taxas médias com o maior volume vindo de créditos de linhas com menores taxas, como consignado e agro”, explicou o analista Matheus Amaral.
Braskem
Outra que reportou seu balanço financeiro, a petroquímica Braskem (BRKM5), que estava praticamente estável, fechou com perdas de 4,17%, negociada a R$ 55,41.
A empresa anunciou lucro líquido de R$ 7,424 bilhões no segundo trimestre, quase o triplo do registrado no trimestre anterior e comparável com um prejuízo de R$ 2,5 bilhões um ano antes.
O BTG Pactual disse em relatório que há uma expectativa de dividendos no horizonte. “Com a alavancagem agora sob controle e com menos riscos de provisões adicionais, a empresa está prestes a reiniciar a distribuição de dividendos”, disse.
AES Brasil
A elétrica AES Brasil (AESB3) também caiu 1,64%, negociada a R$ 13,77. A companhia registrou lucro líquido de R$ 27,5 milhões entre abril e junho, queda de 76,9% em relação a igual período do ano passado. A empresa citou pressões relacionadas à crise hídrica enfrentada pelo Brasil.
Totvs
Já a Totvs (TOTS3) fechou com avanço de 1,81%, a R$ 37,03 depois de anunciar que seu lucro líquido somou R$ 78,6 milhões no segundo trimestre, alta de 35,6% em relação a um ano antes.
O BTG Pactual informou que a companhia reportou um resultado sólido e elevou o preço-alvo dos papéis da empresa para R$ 45. O novo valor leva em conta a composição de R$ 30 para o core business; R$ 10 para Techfin, braço que atua no desenvolvimento de produtos financeiros, e R$ 5 para desempenho de negócios com a RD Station.
“A Totvs continua sendo um caso de investimento atraente, com vários opcionalidades e riscos positivos de fusões e aquisições, novos produtos e parceria (a empresa acaba de surpreender o mercado com a criação da Dimensa em joint venture com a B3, por exemplo) que são difíceis de definir o preço, mas provavelmente desbloquearão um valor maior”, informou o banco.
Raízen
A Raízen (RAIZ4), joint venture entre Shell e Cosan, estreou nesta quinta em alta na B3, mas caiu 2,16%, negociada a R$ 7,24. A companhia precificou sua oferta inicial de ações a R$ 7,40 por papel, o piso da faixa indicativa que ia até R$ 9,60. A empresa movimentou R$ 6,9 bilhões, no maior IPO do ano no Brasil.
A Raízen pretende usar os recursos da oferta para construir novas unidades para expansão de produção, investimentos em infraestrutura de armazenamento, logística e para aumentar a eficiência e a produtividade.
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