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Finanças

Petróleo fecha no menor valor desde 3 de dezembro

Incerteza sobre cortes na produção ofuscou o otimismo com um acordo entre Estados Unidos e China.

5 fatos para hoje: presidente da Petrobras; Conselho da Vale; petróleo da Rússia

Por Estadão Conteúdo

O petróleo fechou em queda nesta segunda-feira (13), com o barril negociado em Nova York (WTI) no menor nível em quase seis semanas. A cotação foi pressionada por incertezas sobre a manutenção do acordo de corte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), enquanto investidores ainda repercutem a diminuição de tensões no Oriente Médio.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do WTI para fevereiro fechou em queda de 1,63%, a US$ 58,08 o barril, no valor mais baixo desde 3 de dezembro. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para março caiu 1,20%, a US$ 64,20 o barril.

Cortes na produção

Investidores acompanharam hoje a fala do ministro de Energia da Arábia Saudita, o príncipe Abdulaziz bin Salman, que afirmou ser muito cedo para falar sobre a possibilidade de a Opep+ manter cortes na produção para além de março, quando vence o atual pacto de restrição na oferta.

A incerteza sobre a manutenção do acordo de corte se sobrepôs ao otimismo com a assinatura de um acordo comercial inicial entre Estados Unidos e China, na quarta-feira, e às recentes tensões entre Washington e Teerã, que levaram à imposição de novas sanções americanas ao país persa.

“Investidores parecem convencidos de que o Irã não bloqueará o Estreito de Ormuz ou realizará ataques a remessas de petróleo”, avalia o estrategista-chefe de mercado da FXTM, Hussein Sayed, em nota. “Isso ocorre porque as exportações iranianas para a China são uma fonte significativa da receita do governo e, sem ela, a crise econômica só vai agravar.”

A especialista do Commerzbank Carsten Fritsch pondera, contudo, que “o risco do conflito aumentar novamente não deve ser ignorado; portanto, um certo prêmio de risco no preço do petróleo ainda é apropriado”. Ela acrescenta, também, não esperar que o acordo de “fase 1” entre Washington e Pequim amplie a demanda do petróleo, como alguns apontam. “Na melhor das hipóteses, é provável que apenas impeça qualquer desaceleração adicional do crescimento”, diz.

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