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Finanças

Pix é ‘muito mais barato’ que cartões para lojistas, apontam economistas do BC

Autoridade monetária permitiu que instituições de pagamento definissem os custos de transações para as empresas.

Banco Central abre margem para ajustar aperto
Pessoa passa em frente à sede do Banco Central em Brasília 22/11/2011 REUTERS/Ueslei Marcelino

O Pix, sistema de pagamentos instantâneos do Brasil, é “muito mais barato” para lojistas do que pagamentos com cartões, apontou um artigo publicado nesta quarta-feira (23) pelo órgão que é considerado o banco central dos bancos centrais, destacando seu potencial de crescimento entre empresas após sua vertiginosa ascensão entre pessoas físicas.

De acordo com o documento, de coautoria de economistas do Banco Central do Brasil para o Banco de Compensações Internacionais (BIS), o Pix tem um custo médio de 0,22% por transação para os lojistas, enquanto os cartões de débito custam pouco mais de 1% e os cartões de crédito atingem 2,2% no país.

O sistema de pagamentos também é mais competitivo do que a taxa de cartão de crédito de 1,7% nos Estados Unidos, 1,5% no Canadá e 0,3% na União Europeia, acrescentou o artigo, ressaltando não representar necessariamente as opiniões do BIS ou do BC.

Lançado em novembro de 2020, o Pix é gratuito para pessoas físicas, mas a autoridade monetária permitiu que bancos e instituições de pagamento definissem livremente os custos para as empresas, tanto para transferências quanto para recebimentos de recursos.

O documento do BIS destacou que as operações entre pessoas físicas ainda são dominantes no Brasil, mas reduziram sua participação para cerca de 75% do total de transações no Pix em fevereiro, com os pagamentos de pessoas para empresas (P2B) rapidamente ganhando terreno.

“Um aumento adicional no uso P2B é esperado ao longo do tempo, já que novos serviços, como débito automático e pagamento de contas eletrônicas, estão programados para serem lançados em um futuro próximo”, observou.

O uso crescente do Pix pelo comércio pode prejudicar empresas adquirentes, como a Cielo, controlada pelo Banco do Brasil e Bradesco, e a Rede do Itaú, uma vez que suas receitas estão vinculadas ao uso de cartões em suas máquinas.

Esse grupo também inclui empresas como PagSeguro, Stone e GetNet, do Santander Brasil.

Cerca de 9,1 milhões de empresas aderiram ao Pix, representando 60% das companhias que possuem relação com o sistema financeiro nacional, apontou o documento.

Apenas 15 meses após seu lançamento, o Pix já foi utilizado por 114 milhões de pessoas no Brasil –67% da população adulta– movimentando R$ 6,7 trilhões e atingindo o patamar dos cartões de crédito e débito.

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