Empresas da China estão suspendendo planos de listagem no país, mostraram documentos, já que o maior surto de coronavírus em dois anos dificulta a diligência e a coleta de informações, afetando cerca de US$ 9 bilhões em captação de fundos.
Na semana passada, 15 empresas que buscavam ofertas públicas iniciais (IPOs) no STAR Market de Xangai, focado em tecnologia, suspenderam as inscrições, quase todas citando impactos da pandemia, conforme mostraram os registros da bolsa.
Em Shenzhen, que realizou três rodadas de testagem em massa em março, 67 pedidos de IPO para a ChiNext foram suspensos neste mês, citando a necessidade de atualizar a divulgação aos reguladores, de acordo com os registros.
Ao todo, as suspensões potencialmente atrasam a captação de recursos no valor de 60 bilhões de iuanes (US$ 9,4 bilhões), estimou o jornal oficial Securities Times. Isso equivale a mais de um décimo dos cerca de US$ 84 bilhões da China em captação de fundos para IPOs em 2021.
O impacto real na captação de recursos do IPO provavelmente é maior, já que os candidatos a listar nos principais mercados de ações da China não são obrigados a fazer divulgações sobre o processo de verificação.
Para minimizar o impacto, a Bolsa de Valores de Xangai prometeu manter a operação estável durante o período de controle do vírus. A bolsa disse no domingo que continuará a examinar os planos de venda de ações dos candidatos do STAR Market e fortalecer as comunicações online com emissores e subscritores.
Em Shenzhen, empresas como Guangdong Lvtong New Energy Electric Vehicle, Plotech Technology (Kunshan) e Shenzhen Mould-Tip Injection interromperam os planos de IPO no mês passado.
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