A nova alta da Selic em meio ponto percentual não foi surpresa para o mercado. No entanto, a notícia mais aguardada era saber qual a inclinação do Copom quanto a aumentos futuros na taxa básica de juros. A porta para novos ajustes foi deixada aberta pelo Comitê de Politica Monetária.
No entanto, é aguardado ajustes pontuais e “residuais” para as próximas reuniões que acontecem a cada 45 dias. Com essa sinalização, os papeis prefixados do Tesouro voltaram a ganhar espaço nas recomendações de analistas – mas com cautela.
Segundo Eduardo Perez, analista de renda fixa da Nu Invest, há uma confusão por parte dos investidores em relacionar a rentabilidade dos títulos prefixados com a taxa Selic, uma vez que a remuneração deste tipo de papel está relacionada a taxa espelhada da curva de juros.
“Com inflação e juros altos como agora, é mais interessante ter em mãos títulos híbridos que paguem uma taxa de juro real e no momento em que a Selic começar a dar sinais que vai cair, daí sim abre-se uma oportunidade de investir nos prefixados”, aponta Perez.
Veja neste Cafeína como analisar o melhor momento de investir em um título do Tesouro Prefixado e como evitar perdas com a marcação a mercado.
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