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Finanças

Yduqs vê expansão de lucro com melhora no macro e redução de alavancagem

SÃO PAULO (Reuters) – O grupo de ensino superior Yduqs avalia que poderá entregar resultados crescentes a partir deste ano, diante da redução de alavancagem e investimentos em relação aos últimos anos e com o cenário macroeconômico mais favorável marcado pelo ciclo de queda na taxa de juros.

“Estamos entrando em momento diferente…vai ter interessante crescimento, efeito de margem boa, de desalavancagem com redução de taxa de juros e tudo isso vai ter impacto muito grande no lucro líquido”, disse o presidente-executivo da companhia, Eduardo Menezes, em conferência com analistas.

A Yduqs publicou na noite da véspera resultado de quarto trimestre que mostrou aumento de quase 43% no prejuízo líquido do quarto trimestre sobre um ano antes, mas uma expansão de 10% no desempenho operacional medido pelo Ebitda.

A empresa, dona de marcas como Estácio e Ibmec, previu também um crescimento de lucro líquido ajustado do primeiro trimestre deste ano com crescimento de dois dígitos sobre o mesmo período de 2023, com crescimento na captação de alunos presenciais avançando 15% a 25%.

Porém, as ações da companhia lideravam as baixas do Ibovespa nesta sexta-feira, desabando mais de 8% às 11h05, enquanto o índice mostrava baixa de 0,4%.

Analistas do Itaú BBA consideraram o resultado “em linha” com as expectativas e citaram a “forte” previsão de crescimento na captação da companhia, mencionando que a alta no Ebitda foi minimizada por aumentos nas linhas de despesas.

Durante a conferência, Menezes afirmou que 2024 pode ser o primeiro ano “em muito tempo” em que a Yduqs apresentará crescimento na base de alunos.

O executivo mencionou que, após um reequilíbro na relação de oferta e demanda nos cursos presenciais, o foco do governo federal no financiamento estudantil via Fies pode ajudar as empresas do setor a terem mais poder para elevar preços de mensalidades. Menezes afirmou que participou de reunião no Ministério da Educação (MEC), na véspera, e que saiu “bastante animado” sobre o Fies.

Em meados de fevereiro, o MEC afirmou que mais de 100 mil estudantes poderão ser beneficiados este ano pelos efeitos do “Fies Social”, lançado pelo governo federal com objetivo de garantir condições especiais de acesso ao fundo de financiamento estudantil por estudantes com renda familiar per capita de até meio salário-mínimo e inscritos no Cadastro Único.

“Com a retomada de demanda que temos visto, temos expectativa de seguirmos na trajetória em que os preços seguem ganhando da inflação”, disse o presidente da Yduqs sobre o segmento de ensino presencial.

No ensino a distância (EAD), porém, o executivo afirmou que a trajetória de preços vai mostrar “números menores” após forte onda de elevações no ano passado.

(Por Alberto Alerigi Jr.; )

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